Justiça determinou nesta quinta-feira que a passo-fundense Gilda Galeazzi seja empossada como nova presidente do MTG. Decisão foi proferida pela juíza Carmen Barghouti, da 2ª Vara Cível do Fórum de Lajeado, atendendo aos argumentos da mesma, ao entender que o estatuto do Movimento determina como vencedor do pleito o candidato com mais idade, em caso de empate. “Lutamos! Sofremos! Mas vencemos!”, expressou na sua rede social ontem à tarde, tão logo tomou conhecimento da decisão. Gilda, que já fez história na 7ª Região Tradicionalista a ser a primeira mulher a comandar uma regional também ficará marcada na trajetória do movimento ao conduzir a entidade. Para chegar ao resultado teve que enfrentar uma disputa eleitoral e judicial com outra mulher, Elenir Winck.
A eleição histórica do movimento, com duas mulheres na disputa, acabou empatada e na Justiça. Com 1.065 votantes, a eleição para o Conselho Diretor da entidade tradicionalista terminou empatada em 530 votos para cada chapa e cinco abstenções consideradas como brancos e nulos. A comissão eleitoral, portanto, adotou como critério a idade do conselheiro mais velho para legitimar a vitória e posse de Elenir Winck. Gilda argumentou que a decisão feria o Artigo 127 do Estatuto do MTG, que prevê a eleição, em caso de empate, da candidata mais velha. O critério previsto no regimento garantiria a eleição da passo-fundense para presidir o Movimento, uma vez que ela tem 65 anos e a opositora, 62.
O MTG tentou derrubar a decisão no Tribunal de Justiça, mas não obteve sucesso. Esta semana, o TJ manteve a liminar que suspendeu a posse de Elenir e agora a juíza Carmen Barghouti, de Lajeado determinou a posse imediata de Gilda.