O presidente da Federação dos Caminhoneiros Autômos do Rio Grande do Sul (Fecam), André Costa, declarou em entrevista ontem, ao jornal Correio do Povo, que os caminhoneiros do Rio Grande do Sul não devem aderir à paralisação da categoria, marcada para esta quarta-feira, em todo o país.
A paralisação foi convocada pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava). A recomendação do presidente da entidade, Wallace Landim, conhecido como Chorão, é para que os motoristas parem em postos de gasolina com faixas de defesa da pauta e não crie bloqueios em rodovias.
A paralisação dos caminhoneiros já estava marcada para o dia 19 quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgaria três ações que contestam a constitucionalidade da política de tabelamento de frete rodoviário. A votação, contudo, foi adiada para 10 de março, quando entidades contrárias e favoráveis ao tema vão se reunir em uma audiência de conciliação na Corte.
O presidente da Abrava afirmou que a mobilização pretende mostrar que os caminhoneiros estão atentos ao tema e organizados para a defesa da constitucionalidade do piso mínimo. "Vamos mostrar que não vamos voltar atrás. Não vamos aceitar retrocesso. O piso foi um direito que conquistamos e queremos seu cumprimento", afirma Chorão.
O presidente da Fecam criticou a decisão. “Se a cada tropeço se fizer uma greve, é melhor então mudar de profissão. O caminhoneiro tem maturidade e está acompanhando diretamente as negociações por meio de suas entidades representativas e acredita que esse problema do piso mínimo terá solução definitiva ainda nesse primeiro semestre” disse para a imprensa da capital.