Os resultados da sexta rodada de testes rápidos da pesquisa sobre a prevalência da Covid-19 no Rio Grande do Sul foram divulgados nesta tarde (29) em transmissão ao vivo. A pesquisa, coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), estimou que 0,96% da população do estado tem anticorpos do novo coronavírus. Assim, 108.716 gaúchos teriam anticorpos do vírus. A prevalência dobrou entre a fase 5 e 6. A cada 100 casos notificados, o estado tem outro caso não notificado.
Em cada uma das nove cidades do estado que participam da pesquisa 500 pessoas foram testadas, totalizando 4500 testes no estado. A pesquisa encontrou 43 casos positivos, 7 deles em Passo Fundo. A cidade é a terceira do estado com mais casos na pesquisa e apresenta uma prevalência de 1,4%. O professor Fernando Barros da UFPel chamou a atenção para o distanciamento na cidade. Passo Fundo é a cidade com mais pessoas que relataram sair diariamente de casa, com 45% dos entrevistados. Além disso, 42,6% dos entrevistados dizem sair para atividade essenciais e 12,4% ficam em casa o tempo todo. “Mudou o perfil de distanciamento social, do início de abril até essa fase aqui de julho. Ao mesmo tempo que nós estamos notando e inclusive documentando um aumento progressivo das infecções”, afirmou o professor Barros.
A letalidade oficial do estado é de 2,6%, no entanto a pesquisa estima que a letalidade seja menor, de 1,4%. O estudo também elencou os principais sintomas da doença: febre, dor de garganta, tosse, alteração olfato/paladar, diarreia e dificuldade para respirar. O último sintoma apareceu para apenas 9,3% dos pacientes.
Na conclusão, a pesquisa recomenda a ampliação da testagem PCR e da busca ativa, além do reforço das medidas de distanciamento social, especialmente em Porto Alegre, região metropolitana e Passo Fundo.
O professor Fernando Barros finalizou a apresentação destacando a importância do distanciamento social. “É necessário que essas medidas não farmacológicas de distanciamento sejam realizadas, uma vez que nós não temos nenhuma medida farmacológica. Então, qualquer tipo de terapia preventiva é falsa, não existe nenhuma informação de nenhuma medicação que possa funcionar”, destacou o epidemiologista.
Notícia atualizada às 15h14