Colheita do trigo chega a 95% da área total cultivada no Estado

A produtividade média é de 1,5 ton/ha, redução estimada em 50%

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As lavouras que não foram prejudicadas pelas geadas de agosto apresentaram produtividade dentro da expectativa (Foto: Divulgação)As lavouras que não foram prejudicadas pelas geadas de agosto apresentaram produtividade dentro da expectativa (Foto: Divulgação)
As lavouras que não foram prejudicadas pelas geadas de agosto apresentaram produtividade dentro da expectativa (Foto: Divulgação)
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A última semana foi caracterizada pelo predomínio de tempo seco no Estado. De acordo com o Informativo Conjuntural, publicado e divulgado nesta quinta-feira (12) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, nas regiões em que houve precipitações o volume foi muito baixo e não interferiu na colheita do trigo, que já chega a 95% da área total cultivada no Rio Grande do Sul. Na região de Santa Rosa, a colheita já foi finalizada, favorecida pelo tempo seco e ensolarado que apressou a maturação das lavouras de trigo. A produtividade média é de 1,5 ton/ha, redução estimada em 50%. As lavouras que não foram prejudicadas pelas geadas de agosto apresentaram produtividade dentro da expectativa, superando as 3,6 ton/ha, com ótima qualidade e valoração, trazendo boa rentabilidade aos produtores.

Nas regiões de Bagé e Ijuí, o plantio da soja foi parcial e já atinge 31% do total da área estimada em todo o Estado. Na de Bagé, na primeira parte da semana, ainda foram realizados plantios em áreas mais baixas, ou onde o volume de precipitações foi mais elevado. Na segunda metade, a operação foi paralisada na espera de novas chuvas. Na de Ijuí, a continuidade da semeadura ocorreu no início da semana, com redução gradativa da operação até ser interrompida pela falta de umidade no solo. Produtores adotam cautela devido às previsões meteorológicas indicarem baixos volumes de precipitações no período. As lavouras semeadas antes das precipitações apresentam boa densidade de plantas mesmo com emergência em duas épocas distintas.

A falta de precipitações no Estado dificulta o avanço dos plantios de milho e afeta o desenvolvimento de alguns cultivos já implantados. Mesmo assim já atinge 78% da área total estimada. Na região de Erechim, o plantio não avançou no período. As lavouras implantadas nas encostas do rio Uruguai depois do dia 10/08, e que se encontram mais adiantadas e em início de pendoamento, as perdas já ultrapassam 30%. Alguns produtores começam a destiná-las para alimentação animal. Nas com propósito para silagem, há também perdas significativas de massa verde e qualidade dos grãos.

As condições do tempo seco na semana não favorecem grandes avanços do plantio de arroz nas regiões produtoras do Estado, que já chega a 90%. Na região de soledade, depois de um período de intensa semeadura, houve desaceleração devido ao baixo teor de umidade do solo; porém muitos agricultores seguem semeando e o percentual atinge 80%, bem adiantado em relação ao ano passado que, nesta época, devido ao outubro chuvoso atrasou a semeadura. Lavouras implantadas em sistema de cultivo em solo seco apresentam germinação/emergência e desenvolvimento vegetativo inicial normais.

Na região de Porto Alegre, 96% da área prevista com a cultura do feijão primeira safra foi implantada, correspondendo a 3,4 mil hectares. As lavouras semeadas apresentam bom desenvolvimento. As plantas evidenciam sintomas de estresse diante da falta de umidade nos solos, principalmente naquelas em fase de florescimento. O estado fitossanitário é bom.


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