Nesta semana foi concluído o plantio da soja no Estado. As precipitações, apesar de esparsas e de baixos volumes, têm contribuído para a evolução dos cultivos. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (14/01) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), 69% da área cultivada está em germinação/desenvolvimento vegetativo; 24%, em floração; e 7% em enchimento de grãos.
As precipitações no Estado, mesmo que de baixo volume e esparsas, têm contribuído para o desenvolvimento dos cultivos nos municípios produtores de milho e para o avanço no plantio do segundo cultivo. Nas áreas onde não tem chovido, há registro de prejuízos e perdas. O plantio do milho também se encaminha para o final, atingindo 96% da área total estimada; 15% da cultura já está colhida; 24% em fase de maturação; 24% em enchimento de grãos; 16% em floração e 21% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
A predominância de tempo firme, com elevadas temperaturas e dias ensolarados, e a disponibilidade de água via irrigação contribuem para o desenvolvimento do arroz. No entanto, a ocorrência de chuvas esparsas e de baixo volume no Estado tem acarretado menor capacidade de recarga dos níveis de água dos mananciais. A cultura encontra-se 73% em germinação e desenvolvimento vegetativo; 21% em floração e 6% em enchimento de grãos.
OLERÍCOLAS
Em função das altas temperaturas na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Uruguaiana a produção de folhosas continua afetada por infestações por tripes, causador de virose, que tem ocasionado perdas de até 50% na produção. As culturas de beterraba e cenoura estão em fase de colheita e replantio, apresentando ótimo desenvolvimento. As de mandioca e batata-doce seguem em geral em ótimo desenvolvimento, porém com alguns casos de viroses em áreas na mandioca, com possíveis perdas de renda para os produtores.
FRUTÍCOLAS
Na regional de Ijuí, o melão, a melancia e as uvas estão em plena colheita e intensa comercialização, com boa qualidade das frutas. Os produtores seguem o manejo da irrigação em melão e melancia, que apresentam boas condições fitossanitárias. A procura por morango está alta na região, no entanto o produto está com baixa oferta nesta época do ano.
PESCA ARTESANAL
Na região de Pelotas, em Arroio Grande, a pesca artesanal está em período de defeso. Em São José do Norte, a captura futura do camarão é vista com otimismo entre os pescadores, devido às condições climáticas favoráveis e ao início do aparecimento do crustáceo em alguns locais da Lagoa dos Patos. Em Pelotas, segue o comércio nas feiras livres e por tele-entrega, com venda de pescados e seus derivados. Em Tavares, continua a safra do camarão-rosa.
Na região de Santa Rosa, na bacia do rio Uruguai, segue a piracema, período em que não é permitida a prática da pesca.
Na região de Porto Alegre, as condições do período foram favoráveis às atividades de pesca; foi possível a navegabilidade das embarcações em alto mar com segurança, e tal situação favoreceu a pesca de bote. Segue a pesca de camarão-rosa na Lagoa do Peixe, com a melhora nas condições de captura em razão do vento Sul que começou a soprar trazendo as águas do oceano para dentro da lagoa. A presença de veranistas aumenta o consumo de pescado e frutos do mar, além de favorecer a venda direta ao consumidor, modalidade em que o pescador obtém valores mais altos pelo pescado.