Após queda de internações por Covid-19, governo reforça pedido para manutenção dos cuidados de prevenção

O governador também falou sobre os próximos feriados e das novas etapas da Epicovid-19

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Os dados foram apresentados durante transmissão ao vivo (Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)Os dados foram apresentados durante transmissão ao vivo (Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)
Os dados foram apresentados durante transmissão ao vivo (Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)
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O Rio Grande do Sul tem apresentado queda nas internações hospitalares por coronavírus. Ainda assim, o governador Eduardo Leite reforçou o pedido para que a população gaúcha siga tomando as medidas de prevenção. O pedido foi realizado durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira (28/1) para atualizar as informações sobre o enfrentamento à pandemia.

“O RS está observando uma redução nas internações por coronavírus, o que é um bom fato a ser compartilhado, mas também é importante compartilhar que, se diminuímos de 3,2 mil para 2,3 mil pacientes suspeitos ou confirmados com Covid em leitos clínicos e de UTI nos hospitais – que é uma redução expressiva de 900 casos e é positiva –, 2,3 mil ainda é um patamar alto. São pelo menos 500 a mais do que tínhamos em outubro e está mais ou menos no patamar do inverno do ano passado”, destacou Leite.

Mesmo com o início da vacinação no RS, as 511,2 mil doses repassadas pelo Ministério da Saúde até agora são suficientes para imunizar apenas uma pequena parcela da população. O governador voltou a garantir que o Estado fará a aquisição direta de vacinas caso seja necessário, mas que confia no Plano Nacional de Imunizações. Ainda assim, lembrou que as doses levam tempo para fazer efeito.

“A trajetória de redução de casos e internações no Estado só vai ser alcançada com colaboração de todos, ajudando no distanciamento social, uso de máscara, higienização constante e evitando aglomerações. A vacinação será fundamental, mas levará tempo até que atinja um percentual da população capaz de gerar imunização. Portanto, o vírus seguirá circulando e os cuidados precisam permanecer”, afirmou Leite.

O governador também falou sobre as próximas datas festivas: o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes e de Iemanjá – celebrado em 2 de fevereiro e que é feriado na capital e em outros municípios gaúchos – e o Carnaval – que neste ano será em 16 de fevereiro, quando deverá ser mantido o ponto facultativo por parte do governo gaúcho. “O Estado vai deixar claras as determinações e repassar as orientações às prefeituras no sentido de coibir aglomerações”, pontuou Leite.

As medidas tomadas pelo governo em dezembro, ampliando as restrições por duas semanas, surtiram efeito para conter o avanço do vírus, segundo a secretária da Saúde, Arita Bergmann. Com isso, se reduziu a possibilidade de saturar a estrutura de saúde após as festas de final de ano.

“Em janeiro, estamos observando queda nos indicadores, mas ainda são dados elevados, se comparados com os do meio do ano passado. O Rio Grande do Sul está numa situação, de certa forma, em equilíbrio, mas a preocupação é permanente. O mapa do modelo de Distanciamento Controlado tem mostrado, nas últimas semanas, a maioria das regiões em vermelho, ou seja, estamos em risco alto. A população tem papel importante para evitar que o vírus continue se multiplicando de forma acelerada”, destacou Arita.

Conforme a secretária, o trabalho de reativação de leitos de UTI iniciado no final do ano passado diante do aumento de casos e internações, além de uma nova ampliação de leitos em janeiro deste ano, garantiu capacidade hospitalar suficiente. A secretária acrescentou que o governo está trabalhando com o Ministério da Saúde para renovar a habilitação de leitos que estão em operação e cujo prazo de custeio da maioria terminaria em março.

O Rio Grande do Sul tinha 933 leitos de UTI Adulto SUS antes da pandemia e, atualmente, já criou mais 1.045, alcançando um total de 2.018 leitos habilitados – expansão de 116%. Além disso, o Estado conta com mais de 5 mil leitos clínicos para pacientes com menor gravidade. Com isso, a taxa de ocupação dos clínicos está em cerca de 22%.

Novas etapas da pesquisa de prevalência

Ainda durante a transmissão, o governador anunciou que a pesquisa Epicovid-19, que busca estimar o número de pessoas que já contraíram coronavírus no Estado, terá mais duas etapas. A próxima ocorrerá de 5 a 8 de fevereiro e a seguinte, em abril.

A nova fase contará com um novo método de teste de anticorpos desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que permite detectar casos mais antigos e será usado ao lado dos testes rápidos já utilizados nas fases anteriores do projeto.

O Epicovid-19 é coordenado pela Universidade Federal de pelotas (UFPel), em parceria com o governo do Estado, e conta com financiamento do programa Todos pela Saúde, do Banrisul, do Instituto Serrapilheira, da Unimed Porto Alegre e do Instituto Cultural Floresta. A pesquisa mobiliza uma rede de 12 universidades públicas e privadas do Estado.

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