Governo gaúcho quer priorizar professores no cronograma de vacinação nacional

Se o cronograma apresentado pelo Ministério da Saúde for cumprido, a previsão é de que os professores comecem a ser vacinados em meados de maio

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Foto: Camila Domingues/Palácio PiratiniFoto: Camila Domingues/Palácio Piratini
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O governo do Estado e o poder Legislativo se reuniram, em ato conjunto, nesta terça-feira (2), por meio de videoconferência, para pleitear a antecipação da vacinação dos professores e funcionários da rede estadual de educação. A categoria já pertence ao grupo prioritário para a imunização, mas ainda não há previsão de quando o governo federal disponibilizará doses suficientes para vacinar todos os professores.

O governador, Eduardo Leite, assinou um ofício, que será enviado ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, para oficializar o pleito. O texto argumenta que a postergação do retorno presencial das aulas representa o aumento do abandono e da evasão escolar, o crescimento do índice de distorção idade-série e perdas pedagógicas, entre outras consequências.

“Entendo que essa é mais do que uma preocupação com os professores, é com a educação em si. É importante que tenhamos os profissionais da área da educação imunizados para dar a eles a tranquilidade que permita o retorno às aulas com serenidade. Precisamos avançar para criar essa consciência perante o governo federal”, destacou o governador.

Se o cronograma apresentado pelo Ministério da Saúde for cumprido, a previsão é de que os professores comecem a ser vacinados em meados de maio. Leite explicou que, sem uma concordância por parte do governo federal, o RS não pode decidir, sozinho, priorizar os professores em detrimento de outros profissionais ou pessoas do grupo prioritário. A ordem de vacinação dos grupos prioritários obedece aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza, reforçou a importância simbólica da iniciativa ao transmitir à população o sentimento de consenso do que é prioridade em um momento de crise sanitária. “Represento aqui a Assembleia e a unidade dos 55 deputados. O parlamento gaúcho foi o primeiro do país a votar pela antecipação da compra da vacina e de forma unânime. Também criou uma comissão de acompanhamento do planejamento da distribuição das doses. Isso comprova que o assunto é prioridade para o conjunto de deputados, pois só a imunização vai resolver de forma definitiva a pandemia”, defendeu.

O ato oficial se dá em cumprimento à exigência constante em lei federal para que seja feita a oficialização expressa de vontade do Estado junto ao Ministério da Saúde para inclusão dos professores no grupo prioritário de vacinação.

Até o momento, o Rio Grande do Sul já recebeu 923,6 mil doses de vacinas, entre as quais a CoronaVac e a Oxford/AstraZeneca. Já foram aplicadas 594.765 (483.152 em primeira dose e 111.523 em segunda dose).


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