Em vídeo publicado na manhã desta sexta-feira (12/3) nas redes sociais e no site do governo do Estado, o governador Eduardo Leite compara o enfrentamento à Covid-19 no RS, no Brasil e no mundo a uma verdadeira guerra, que exige mobilização constante de todos. Atualmente, o Brasil tem a maior média de mortes diárias no mundo, e a circulação em território nacional de uma variante agressiva do coronavírus.
“Nossos esforços são permanentes no combate ao vírus. Estamos ampliando a capacidade de atendimento intensivo para os pacientes mais graves, que não param de chegar aos nossos hospitais. Nossa missão é salvar vidas, com mais leitos, mais vacinas e com medidas de restrição de circulação”, destacou o governador.
Nesta quinta-feira (11/3), a Secretaria da Saúde (SES) anunciou a compra e a locação de equipamentos que serão enviados a hospitais e pronto atendimentos de diversos municípios gaúchos, garantindo a abertura, nos próximos dias, de mais 183 leitos de UTI adulto SUS para atender pacientes Covid no Estado.
O RS também conta com a solidariedade do povo gaúcho, por meio da iniciativa privada: a empresa JBS doou 10 respiradores. Outros 50 foram enviados pelo Ministério da Saúde.
Tanto a aquisição como o aluguel dos equipamentos serão feitos com recursos próprios do Estado. Os 183 novos leitos farão com que a ampliação da capacidade hospitalar da rede pública estadual chegue a 157% - 2.397 leitos, no total - em comparação com o começo da pandemia, quando o Estado tinha 933 leitos de UTI adulto SUS.
“Fizemos mais do que o Sistema Único de Saúde conseguiu fazer em 30 anos aqui no Estado, graças a um trabalho extraordinário e incansável da Secretaria da Saúde. É muito leito de UTI, mas temos um limite material e humano. Não há profissionais de saúde em número suficiente para um crescimento sem fim, e os profissionais de saúde, cada vez mais raros, estão absolutamente exaustos”, ponderou Leite.
A SES, em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), criou uma ferramenta para intensificar o empréstimo de respiradores, monitores e até camas entre os hospitais do Estado. Isso porque o Estado aposta na estrutura da rede pública hospitalar, que pode colaborar mutuamente, entre si, para qualificar a resposta do sistema.
Leite lembrou que as medidas rigorosas de restrição de circulação de pessoas, adotadas em fevereiro, ainda devem levar um tempo para produzir efeitos. “E mais: elas só vão produzir efeitos se a população entender a gravidade e seguir as regras. Precisamos de bom senso, responsabilidade e solidariedade nesta guerra. Estamos fazendo absolutamente tudo para melhorar a capacidade do sistema no atendimento à atual demanda da Covid-19 no RS”, reforçou.
As medidas mais duras – suspensão da cogestão regional e aplicação de protocolos de bandeira preta em todo o Estado – seguem vigentes pelo menos até o dia 21 de março. Já a suspensão geral de atividades entre 20h e 5h deve durar até 31 de março.