Projeto fortalece cadeia de frutas nativas no estado

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Assessoramento técnico ensinou como implementar as melhores práticas no uso sustentável de produtos originários da flora nativa ( Foto: Alvir Longui/Divulgação/Sema)Assessoramento técnico ensinou como implementar as melhores práticas no uso sustentável de produtos originários da flora nativa ( Foto: Alvir Longui/Divulgação/Sema)
Assessoramento técnico ensinou como implementar as melhores práticas no uso sustentável de produtos originários da flora nativa ( Foto: Alvir Longui/Divulgação/Sema)
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Com resultados positivos para celebrar, foi encerrado, após dois anos, o projeto Promoção e Fortalecimento da Cadeia Solidária das Frutas Nativas e dos Sistemas Agroflorestais. Entre as conquistas, estão o aumento das áreas certificadas e o desenvolvimento de novos produtos. O programa foi criado para incentivar práticas de conservação da flora nativa e treinar famílias que vivem da agricultura para o manejo das agroflorestas e o extrativismo sustentável como estratégia de valorização e conservação da biodiversidade.

Realizado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) em parceria com a empresa RGE Energia, o Centro de Tecnologias Alternativas e Populares (Cetap) e diferentes entidades que compõem a Rede Ecovida de Agroecologia, o projeto ajudou a impulsionar ações de aproveitamento, processamento e comercialização de frutas nativas em propriedades de diversas regiões do RS.

As famílias participaram de oficinas de capacitação e contaram com assessoramento técnico para implementar as melhores práticas no uso sustentável comercial de produtos originários da flora nativa. Como resultado direto, foram desenvolvidos seis novos produtos:


• processamento da polpa da goiaba-serrana (Acca sellowiana) para alimentação;

• óleos essenciais e hidrolatos:

de guamirim do campo (Myrcia oblongada),

de araucária (Araucaria angustifólia)

de alecrim do campo (Baccharis dracunculifolia)

de óleo de amêndoa de butiá (Butia yatay); e

• tingimento natural a partir da casca de araucária.


O conhecimento recebido fomentou a produção e diversificou as espécies cultivadas. Além disso, deu maior segurança aos agricultores no manejo de suas terras, fator que facilitou, inclusive, a regularização das atividades e ampliou o número de áreas certificadas.

“Em dois anos, o projeto concluiu a certificação de 140,4 hectares de agroflorestas nas regiões do Litoral Norte, Campos de Cima da Serra, Alto Uruguai, Planalto, Missões e Vale do Rio Pardo, totalizando cerca de mil hectares de agroflorestas certificadas no RS até o momento”, afirma Diego Pereira, diretor do Departamento de Biodiversidade da Sema.

O contato com diversas realidades dos Sistemas Agroflorestais também permitiu a elaboração de medidas para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade, e a estruturação, por parte da equipe envolvida, de modelos de referência com base nas potencialidades e desafios das regiões trabalhadas.

Segundo a analista ambiental da Divisão de Flora da Sema, Joana Bassi, os resultados fazem parte de um conjunto de iniciativas que tem priorizado estratégias de restauração produtiva, conciliando a conservação com perspectivas futuras de uso, manejo e geração de renda. “Os projetos técnicos têm envolvido abordagens que possibilitam o desenvolvimento de ações de conservação, incluindo de espécies ameaçadas e ecossistemas associados, assim como de promoção e apoio aos modos de vida tradicionais e sustentáveis”, acrescenta a técnica.

Outro legado foi o lançamento da série audiovisual Agroflorestas: plantando possibilidades, restabelecendo laços e cultivando a vida, composta por 20 vídeos, entre os quais, um sobre a Certificação Agroflorestal e Extrativista da Sema. 


O projeto

O Fortalecimento da Cadeia Solidária das Frutas Nativas e dos Sistemas Agroflorestais no RS foi financiado pela RGE Energia, por meio da modalidade Projeto Técnico de Reposição Florestal Obrigatória (RFO), amparada na Instrução Normativa Sema n° 01/2018.

A iniciativa está entre os Planos de Ação Nacional de Conservação, que atuam em escala e abordagem territorial, sob coordenação da Sema: Plano de Ação Territorial Planalto Sul (PAT Planalto Sul), Plano de Ação Territorial Campanha Sul e Serra do Sudeste (PAT Pampa), e Plano de Ação Nacional dos Sistemas Lacustres e Lagunares do Sul do Brasil (PAN Lagoas do Sul).


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