Assembleia Legislativa aprova reajuste do piso do magistério

Recomposição salarial varia de 5,53% a 32%, conforme grau de escolaridade e tempo de serviço

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Salários devem ser reajustados a partir da folha de pagamento de janeiro (Foto: Vinicius Reis/Agência ALRS/Divulgação)Salários devem ser reajustados a partir da folha de pagamento de janeiro (Foto: Vinicius Reis/Agência ALRS/Divulgação)
Salários devem ser reajustados a partir da folha de pagamento de janeiro (Foto: Vinicius Reis/Agência ALRS/Divulgação)
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A proposta de reajuste do piso do magistério apresentada pelo governo do Estado foi aprovada, na tarde de quarta-feira (22), pela Assembleia Legislativa. O Projeto de Lei (PL) 478/21, que prevê aumento variável entre 5,53% e 32%, recebeu 38 votos favoráveis e dois contrários, além de abstenções da oposição. Os salários reajustados devem ser pagos na folha de janeiro.

De acordo com o governo, a medida garante aumento médio efetivo de mais de 22% para cerca de 60 mil profissionais ativos e de 5,53% para 45.295 inativos. Outros 1.359 ativos passam a ter o mesmo índice de reajuste. A iniciativa implica em despesas anuais de R$ 730,6 milhões para o governo estadual.


Categoria desaprova o índice de reajuste

A decisão de reajuste não linear desagradou o magistério, que buscava recomposição salarial igualitária para todos os servidores. Sem receber aumento desde 2014, a categoria calcula um acúmulo de perdas inflacionárias de 52,6% em seus ganhos durante este período.

De acordo com o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS/Sindicato), ao estabelecer um reajuste que varia conforme o tempo de serviço, o grau de escolaridade e o fato de estar em atividade ou já ter se aposentado, o governo prejudica a maior parte dos servidores.

Conforme a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, somente 14% da categoria terá direito aos 32% de reajuste, enquanto mais de 30 mil profissionais devem receber apenas 5,53%. “É preciso esclarecer para a sociedade que 86% da categoria não terá 32% de reajuste. Uma parte substancial vai pagar mais do seu próprio bolso do que os recursos postos pelo governo”, observa.

Representantes dos partidos PT e PDT chegaram a apresentar duas emendas solicitando que o reajuste de 32% fosse estendido a todos os professores e funcionários de escola, na ativa e aposentados, mas os deputados não colocaram as emendas em votação.


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