O início do julgamento de Alexandra Dougokenski, mãe do menino Rafael Mateus Winques e acusada de estrangular o filho de 11 anos até a morte, foi suspenso após 11 minutos de sessão na manhã desta segunda-feira (21) em Planalto.
A juíza Marilene Parizotto Campagna, que conduz o tribunal do júri, decidiu encerrar os trabalhos depois que a defesa de Alexandra deixou o plenário ao ter o pedido de nulidade do julgamento indeferido.
Gustavo da Costa Nagelstein, um dos advogados da acusada, alegou que existiria um suposto áudio atribuído à vítima que teria sido enviado pela criança um dia depois do Ministério Público registrar a morte do pequeno.
Em razão disso, Nagelstein solicitou uma perícia para comprovar a veracidade da gravação sustentando, portanto, uma necessidade de anulação do júri. "O senhor não pode fazer isso, doutor. O senhor vai me desculpar. Guardou esse áudio para chegar aqui e sair do plenário?", questionou o MP.
Acusações
O crime foi cometido no dia 15 de maio de 2020 na casa em que Alexandra morava com Rafael e outro filho. Além de homicídio doloso quadruplamente qualificado por motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, ela também será julgada por outros três crimes: ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
A acusada, no entanto, alega inocência no caso.