Em fevereiro deste ano, houve 1.401 óbitos por Covid-19 no RS, conforme dados da Secretaria da Saúde (SES). Neste mês de março (até o dia 28), esse número foi de 718 – redução de 49%. A queda nesses registros foi possível graças ao avanço da vacinação no Estado, informa a SES. São mais de 4,4 milhões de pessoas que receberam o reforço. A dose extra já teve o impacto calculado de reduzir as chances de morte pelo coronavírus em até 17 vezes.
Entre os 1,4 mil óbitos divulgados em fevereiro (período de 28 dias) no painel da secretaria, 1.166 ocorreram no segundo mês do ano, e 235 (17%) eram de datas anteriores. Em março (no mesmo período de 28 dias), das 718 mortes publicadas, 32% ocorreram em outros meses.
Com a diminuição da curva, neste último domingo (27) não foi divulgado nenhum óbito, o que não acontecia desde abril de 2020 (exceto quando isso aconteceu por causas externas, como manutenção ou instabilidade dos sistemas de notificação). Porém, isso não significa que não tenha acontecido nenhuma morte por coronavírus no último domingo. Nesta terça-feira (29) já foram publicados óbitos ocorridos no domingo, que agora foram notificados pelos hospitais ou vigilâncias municipais, visto que esse processo costuma levar até alguns dias para ser finalizado.
Proteção aumentada com a dose de reforço
Há poucas semanas a SES publicou uma nova análise da relação entre a vacinação e as mortes por covid-19. Conforme o cálculo, um idoso com dose de reforço tem 17 vezes menos risco de óbito por coronavírus quando comparado ao indivíduo sem nenhuma dose. Na população dos 40 aos 59 anos, essa proteção representou 14 vezes menos chances de morte para a pessoa com a dose de reforço em relação àquela não vacinada.
Os dados apontam que o risco de óbito é expressivamente superior para os não vacinados, observando-se que quanto mais completo o esquema vacinal, menor a mortalidade registrada. Foram examinadas as informações de 2.168 óbitos por covid-19 com datas de início de sintomas entre 1°/1/2022 e 12/3/2022. Nesse período, a faixa etária acima dos 40 anos representou 97% das mortes ocorridas.
Quase 3 milhões de pessoas com o reforço atrasado
Os dados apresentados nessa análise chamam a atenção quando comparados com o número de pessoas com a dose de reforço atrasada. São quase 3 milhões de pessoas no Estado que estão com a dose de reforço em atraso, ou seja, que estão há mais de quatro meses desde a segunda dose ou dose única.
Para auxiliar os municípios nessa busca pelos faltantes, a SES tem uma rotina de envios periódicos das listas dessas pessoas para as secretarias municipais, para que elas possam desenvolver ações de ligar ou visitar essas pessoas.
Dados até o dia 28/3 registram que 77% da população do RS está com o esquema completo e cerca de 4,4 milhões de pessoas já fizeram a dose de reforço, o que representa 39% da população do Estado.
Nova dose para idosos com 80 anos ou mais
Nesta semana teve início a vacinação com uma nova dose para os idosos com 80 anos ou mais. A nova aplicação é recomendada quatro meses após a dose de reforço. Se o idoso está com alguma dose em atraso, deve primeiro completar o esquema (primário ou reforço), dentro dos prazos referentes à vacina recebida.
Os municípios já estão autorizados a começar a aplicar esse segundo reforço, conforme disponibilidade de doses. Novos repasses estão previstos pela SES, de acordo com recebimentos futuros de lotes distribuídos pelo Ministério da Saúde.
*Com informações da Agência EstadoRS.