Estudo estima que mais de 4 mil vidas de idosos foram poupadas, por ano, devido à vacina contra a covid-19 no RS

No caso das pessoas de 12 a 39 anos, teriam sido evitadas mais de 50 mortes. No grupo dos 40 aos 59 anos, seriam mais de 400

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Durante reunião do Gabinete de Crise, na quarta-feira (27), o governo do Estado apresentou estudo estimando que mais de 4,2 mil vidas de idosos foram poupadas por ano graças à vacinação contra a covid-19. Para obter esta estimativa, foi comparada a taxa de mortalidade por covid-19 por 100 mil pessoas-ano do grupo com dose de reforço com a taxa do grupo com esquema primário completo há mais de 120 dias (ou seja, com a dose de reforço em atraso).

O dado consta no Boletim Epidemiológico, realizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, vinculado à Secretaria da Saúde, que analisou dois cenários, em três faixas etárias (de 12 a 39 anos; 40 a 59 anos; 60 anos ou mais), sendo a dos idosos a que apresentou o maior número potencial de vidas preservadas em razão da vacinação. O primeiro cenário traz razões de riscos entre taxas de mortalidade por 100 mil pessoas-ano, conforme a situação vacinal, por faixa etária; e o número potencial óbitos evitados caso toda a população estivesse com dose de reforço, em comparação com um cenário no qual toda a população estivesse com esquema vacinal primário completo há mais de 120 dias.

Entre os idosos, o estudo apontou que a razão de riscos para óbito foi 4,4 vezes maior para não vacinados em comparação com vacinados com esquema primário completo sem atraso e 7,7 vezes maior para não vacinados em comparação com vacinados com dose de reforço.

Governador Ranolfo e chefe de Gabinete Flávia Colossi Frey na reunião virtual do Gabinete de Crise. Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini


Na faixa dos 12 a 39 anos, conforme o estudo, a razão de riscos para óbitos foi 5,8 vezes maior para os não vacinados em relação aos com esquema primário completo e 6,3 maior para não vacinados comparados a vacinados com dose de reforço. Nesse grupo, o estudo demonstrou que o número potencial de óbitos evitados é de pouco mais de 50 por ano. Já, na faixa dos 40 aos 59 anos, o risco de óbito para quem não tomou vacina e quem teve o esquema primário completo sem atraso é de 5,7 e salta para 11,5 mais para os não vacinados comparados àqueles com dose de reforço, mas mais de 430 óbitos foram evitados com o esquema vacinal.

“Esse estudo demonstra que quem não se vacinou está muito exposto ao risco. Então, é sempre válido ressaltar a importância da vacinação. Esse é o alerta que deixamos para as pessoas”, afirmou o governador Ranolfo Vieira Júnior.

Outro tópico abordado no Gabinete de Crise foi o Sistema 3As. Nesta semana, não foram emitidos avisos ou alertas para as 21 regiões do sistema de monitoramento, que gerencia a pandemia de covid-19 no Rio Grande do Sul. Segundo os dados divulgados, a situação hospitalar no RS é de estabilidade no número de internados por covid.

A situação, no entanto, é considerada delicada em razão das taxas de ocupação na UTIs hospitalares – como se costuma verificar usualmente no inverno – e o risco da entrada das subvariantes, que podem gerar um aumento da demanda por leitos covid. “Os dados comprovam que a vacinação salva vidas. Isso deve servir de estímulo para quem ainda não se vacinou ou está com o esquema vacinal incompleto”, disse a secretária da SES, Arita Bergmann.

Embora não tenham sido emitidos avisos nem alertas, os integrantes do gabinete e grupos de trabalho relacionados ao tema permanecem monitorando os dados relativos à pandemia no Rio Grande do Sul, segundo a Agência EstadoRS.


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