Cerca de 1,1 mil cavaleiros se reuniram no sábado (13), em Canguçu, para a cerimônia de distribuição da Chama Crioula.
O governador Ranolfo Vieira Júnior, acompanhado da primeira-dama do Estado, Sônia Vieira, participou do ato de distribuição da centelha, que ocorreu no Parque Turístico Nossa Senhora da Conceição. Os cavaleiros percorrerão o Estado levando a chama para as 30 regiões tradicionalistas, segundo informações da Agência EstadoRS.
“A partir daqui, eles levam esse símbolo gaúcho para todos os cantos do Rio Grande. Desejo que seja uma cavalgada segura e tranquila, marcando um momento importante que cultua nossas tradições e nossa cultura”, disse o governador.
A chama foi gerada na sexta-feira (12), abrindo a programação dos Festejos Farroupilhas 2022, em solenidade que contou com a presença da secretária da Cultura em exercício e presidente da comissão dos festejos, Gabriella Meindrad. "Em 73 anos de história, a Chama Crioula iluminou encontros como o de hoje, repletos de significados simbólicos e com importante valor cultural para os gaúchos e as gaúchas”, disse.
Essa tradição começou em 1947, quando os tradicionalistas Paixão Cortes, Cyro Ferreira e Fernando Vieira retiraram uma centelha do fogo simbólico da pátria e acenderam o primeiro candeeiro crioulo, em Porto Alegre, representando a coragem, a união dos povos e o amor do gaúcho pela sua terra.
Geração da chama
A 73ª Geração da Chama Crioula foi organizada pela 21ª Região Tradicionalista do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). O evento de sexta (12/8) contou com a apresentação do espetáculo Liberdade pelas asas do gavião, de criação e direção de Rinaldo Souto, que homenageou Joaquim Teixeira Nunes, conhecido como coronel Gavião, líder dos lanceiros negros farrapos, natural de Canguçu.
Festejos Farroupilha 2022
Com o tema “Etnias do gaúcho: Rio Grande, terra de muitas terras”, os festejos neste ano consagram a diversidade étnica e cultural do Rio Grande do Sul. A música tema “Num só lugar”, composta por Fernando Espíndola e Thomas Facco, enaltece o Rio Grande como um local que reúne traços e características do mundo todo.
A identidade visual das festividades, desenvolvida pelo artista Mauro Vila Real, traz o aperto de mãos como símbolo.
O patrono é Adair Rubim de Freitas, poeta, músico e compositor com mais de 50 anos de carreira.
As celebrações de 2022 são organizados por uma comissão coordenada pela Secretaria da Cultura (Sedac) e composta por 18 entidades parceiras.