Corsan é arrematada pelo consórcio Aegea por R$ 4,15 bilhões

Leilão realizado na B3, em São Paulo, teve lance único na terça-feira (20)

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Foto: Arquivo/Corsan Foto: Arquivo/Corsan
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Em leilão de lance único, realizado na manhã de terça-feira na B3 em São Paulo, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi vendida para o consórcio Aegea por R$ 4,15 bilhões, cujo valor será pago para a alienação dos bens da estatal gaúcha responsável pelo abastecimento hídrico e esgotamento sanitário no Rio Grande do Sul.  

Ao comentar o interesse de apenas uma empresa no processo, o secretário executivo de Parcerias do Estado, Marcelo Spilki, considerou o cenário macroeconômico nacional como um dos fatores que justificam a ausência de concorrência no leilão. “Nós temos uma transição no Governo Federal, ainda não estão bem claras as políticas econômicas do novo governo e a gente tem visto esse reflexo na bolsa de valores, na alta da taxa de juros. Então, tínhamos várias empresas interagindo muito, fazendo visitação nas instalações da Corsan e na reta final a gente começou a sentir uma retirada de campo”, afirmou durante a coletiva de imprensa posterior ao arremate.  

Com a assinatura de contrato prevista para março de 2023, a privatização da estatal ocorre em meio ao Marco Legal do Saneamento, que prevê o acesso à água potável a 99% da população e coleta de esgoto chegando a 90% das residências até 2033. ““A Corsan, como empresa estatal, não consegue realizar investimentos condizentes com a necessidade do Setor de Saneamento Básico dos municípios onde atua, bastante superior ao investimento realizado nos últimos anos”, justificou o edital publicado. “O grande desenho da privatização da Corsan foi tocar a agenda de investimento e melhorar a qualidade do serviço”, frisou o diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti.  


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