O Rio Grande do Sul registrou redução no número de feminicídios no mês de abril. Foram cinco casos no último mês, contra 10 computados no mesmo período de 2022, o que representa uma queda de 50% no indicador. O número também é o menor da série histórica, iniciada em 2012, quando o crime passou a ser computado. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta terça-feira (9/5), pela Secretaria Segurança Pública.
O Mapa dos Feminicídios, elaborado pela Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam) da Polícia Civil, também ajudou a dar mais detalhes sobre os casos. Segundo o relatório, 60% dos crimes registrados no último mês ocorreram dentro da residência da vítima e em 80% deles o agressor era companheiro ou ex-companheiro da mulher. O documento ainda apontou que, nos cinco casos, o criminoso foi preso.
Além dos indicadores de abril, o levantamento da SSP indicou ainda uma queda de 23,6% no número de feminicídios consumados nos primeiros quatro meses do ano. Os casos passaram de 38 em 2022 para 29 em 2023.
Formas de denúncia
A Polícia Civil dispõe de uma série de recursos que visam incentivar a denúncia e auxiliar as mulheres a quebrar o ciclo da violência.
Além das 21 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (Deams), a instituição dispõe de 73 Salas das Margaridas, espalhadas por todas as regiões do Rio Grande do Sul. Esses ambientes oferecem às vítimas um espaço reservado e acolhedor para que possam registrar ocorrências, solicitar medidas protetivas e dar outros encaminhamentos previstos na Lei Maria da Penha. No Estado, existem ainda seis Delegacias de Polícia de Proteção a Grupos Vulneráveis com atribuição de Deams, sete Postos Policiais de Proteção à Mulher e 31 Cartórios Especializados no Atendimento à Mulher.
As mulheres do Rio Grande do Sul também têm à disposição a Delegacia Online da Mulher, uma página exclusiva para tratar da violência doméstica e de gênero contra a mulher hospedada dentro do site da Delegacia Online, que pode ser acessada 24 horas por dia, além do telefone 197 e do WhatsApp 51 98444-0606.
Legenda
A Polícia Civil incentiva que as mulheres denunciem os casos de agressão
Foto: PCRS