Judiciário libera construção civil no município de Xangri-lá

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Por decisão do Judiciário, essa semana a construção civil de Xangri-lá voltou a ser liberada. A atividade estava suspensa desde dezembro de 2021 por efeito de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) envolvendo Ministério Público Federal, Fepam, Corsan, empresários e prefeitura. A liberação ocorreu devido à ativação do projeto prioritário da Aegea que inclui a adequação e construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs); execução de elevatória de esgoto tratado e construção de emissário da ETE. 

Conforme o prefeito Celso Bassani Barbosa, que fez o anúncio acompanhado de procuradores do município e do secretário de planejamento, “o sufoco passou e o aval do Judiciário faz com que Xangri-lá volte a caminhar com o passo certo na área de construção civil, novamente”.

O procurador geral do município, Tiago Serra, diz que esta liberação ativa a cadeia econômica pois a principal atividade do município é a construção civil. Segundo ele, a retomada das obras tem várias consequências importantes como o aumento de empregos, que era o principal problema de Xangri-lá nos últimos anos, incrementa a  vendas de material de construção e reflete diretamente no aumento da arrecadação de tributos do município.

O Plano Litoral foi desenvolvido para atacar um dos casos mais emblemáticos de insuficiência da cobertura dos serviços de esgoto no Estado, problema que, há anos, ameaça o bem-estar moradores e o veraneio dos turistas em cerca de 50 municípios.

O índice de acesso a esgoto da região, de acordo com o Plano Estadual de Saneamento (Planesan), é de 26%, cenário agravado com o aumento da população flutuante durante o período de férias de verão (que chega a aumentar em 500% em algumas praias), trazendo risco real ao deságue de volumes não tratados que podem pôr em xeque a balneabilidade das praias e a saúde dos banhistas.

O trabalho da Aegea consistirá em novos investimentos e melhorias operacionais nos sistemas de água e esgotamento sanitário, além de substituir a utilização das bacias de infiltração da região, que apresentam baixa capacidade operacional, pelo lançamento de efluentes tratados nos rios Tramandaí (dejetos de Capão da Canoa, Xangri-lá e Atlântida Sul) e Mampituba (Ponto 3 - dejetos de Torres, Arroio do Sal e Arroio Teixeira; Ponto 4 – dejetos de Imbé e Tramandaí). As ações prioritárias do programa incluem a adequação e construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs); execução de elevatória de esgoto tratado; construção de emissário da ETE e desativação de ETEs.

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