Retinoblastoma é um tumor raro de crianças e em sua maioria são esporádicos

Este tumor voltou ao centro do debate após apresentador Tiago Leifert revelar diagnóstico positivo de sua filha de 1 anos e 4 meses

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 Retinoblastoma é raro e não tem ligação familiar em sua maioria. (Foto: Freepik) Retinoblastoma é raro e não tem ligação familiar em sua maioria. (Foto: Freepik)
Retinoblastoma é raro e não tem ligação familiar em sua maioria. (Foto: Freepik)
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Tumor intraocular, o retinoblastoma é raro e representa 3% dos tumores que acontecem nas crianças. Conforme a oftalmologista pediátrica e membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Gabriela Eckert, o Brasil registra de 200 a 300 casos por ano. No mundo, 1 em 14 a 20 mil crianças registrarão essa enfermidade. A doença voltou ao centro do debate após o apresentador Tiago Leifert revelar o diagnóstico positivo de sua filha Lua, de 1 anos e 4 meses. Segundo a oftalmologista, este tipo de câncer ocular, tem causa genética e, em sua maioria, a mutação é esporádica e o exame oftalmológico é fundamental para a descoberta precoce. "Retinoblastoma é um tumor que acontece com uma anomalidade genética no cromossomo 13. A maioria dos casos são esporádicos. Apenas 10% dos casos tem algum membro da família com o tumor. 40% das crianças com retinoblastoma têm uma forma genética herdada do tumor (mesmo que ninguém mais na família tenha este problema). Esse gene alterado é familiar, mas a formação do tumor ocorre somente quando as duas cópias do gene sofrem mutação (por isto na maioria das vezes não há familiares acometidos). 


Teste do olhinho

Ainda conforme a oftalmopediatra, logo nos primeiros dias de vida, o teste do olhinho deve ser realizado pelo pediatra e este exame deve ser repetido nas consultas de puericultura (pelo menos 3 vezes ao ano). A criança deve ser encaminhado para exame oftalmológico precoce se houver alteração detectada pelo pediatra e de forma rotineira (para todas as crianças) entre 6-12 meses de vida. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria, após este exame oftalmológico inicial, o exame dos olhos deve ser repetido no mínimo entre três e cinco anos de vida. Em caso de histórico familiar de retinoblastoma, exames oftalmológicos mais seguidos são recomendados.


Fotos com flash

"É preciso estar sempre atento. O tumor, quando bem inicial, dificilmente terá algum sintoma. Um ponto importante é cuidar nas fotos com flash, onde normalmente há um reflexo vermelho nas pupilas (reflexo normal da retina). Nos casos do retinoblastoma, pode haver um reflexo esbranquiçado na pupila. Entretanto, apesar de importante, este sinal normalmente aparece em tumores mais avançados. É importante também ficar atento ao aparecimento de estrabismo (desvio ocular), tremor dos olhos, dificuldade (ou piora) da visão ou dificuldade para caminhar nas crianças maiores. Assim como a alteração do reflexo vermelho, esses sinais são importantes, mas em geral presentes somente em lesões mais centrais na retina ou tumores maiores” explica. Por fim, a oftalmologista pediátrica reitera que o exame ocular é importante e pode indicar outras doenças, mais comuns que o retinoblastoma, e que despertam a atenção de médicos e pais.

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