Sino da Vida é o prenúncio de novos tempos

Os pacientes do Centro Oncológico Infantojuvenil do Hospital São Vicente celebram o fim do tratamento

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Bianca, Davi e Andrei, tocam o Sino da Vida e celebram suas vitórias contra o câncer. (Foto: Ana Paula Koenemann/HSVP)Bianca, Davi e Andrei, tocam o Sino da Vida e celebram suas vitórias contra o câncer. (Foto: Ana Paula Koenemann/HSVP)
Bianca, Davi e Andrei, tocam o Sino da Vida e celebram suas vitórias contra o câncer. (Foto: Ana Paula Koenemann/HSVP)
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Sexta-feira, 11 de março de 2022. Para algumas pessoas é apenas um dia usual, que antecede ao final de semana. Mas para três pacientes do Centro Oncológico Infantojuvenil, Andrei (23 anos), Bianca (8 anos) e Davi (6 anos), a data foi a mais aguardada nos últimos tempos e representa o prenúncio de uma nova etapa de vida. Eles venceram o câncer e por isso, hoje, o “Sino da Vida” voltou a tocar no Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo. A cerimônia, já tradicional na Instituição, marca a conclusão de um dos ciclos do tratamento oncológico e traz esperança para quem ainda está na luta contra a doença. E, como o momento é de festa, todos pararam para acompanhar a celebração. As equipes multidisciplinares, médicos e enfermeiros, diretoria e, claro, as famílias foram contagiadas por tanta emoção. A diretora corporativa de operações Márcia Ferrão Medeiros, representou a diretoria do HSVP: “tem um significado para a pessoa que está tocando, para a família, para a equipe do Hospital. Para nós reforça a necessidade de manter um atendimento cada vez melhor, especializado, humanizado e de excelência." 

 

Longo tratamento

Andrei Felipe Bresolin, de Vista Alegre, é um dos pacientes mais antigos do centro. Há nove anos ele foi diagnosticado com um tumor no rim. Na época, o tratamento foi realizado na ala de adultos já que o HSVP, ainda, não tinha um espaço exclusivo para crianças e adolescentes. De lá para cá, muita coisa evoluiu, o hospital conquistou a tão sonhada Oncologia Infantojuvenil e Andrei teve acesso ao melhor atendimento possível. “Eu tinha 13 anos quando descobri o câncer, passei por quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Agora, tive alta e sou um vencedor. Só posso agradecer a minha mãe, que sempre esteve ao meu lado, médicos, toda equipe e Deus”, conta o jovem.

 

Leucemia

A história de Davi Soares Marian, de Tupanciretã, também é muito emocionante. Depois de dois anos lutando contra a leucemia, finalmente sua família respira aliviada. A doença ficou para trás e essa data se tornou bastante especial para os pais. “Foi um tratamento longo e com dias difíceis, mas com a certeza de que tudo daria certo e deu. Estarmos aqui para bater o sino com ele é uma alegria que não temos palavras para descrever. Obrigada a todos do São Vicente que, nesse período, nos acolheram e deram apoio. Sempre nos trataram com muito amor e carinho, e a cura do Davi é uma conquista de muitas mãos”, disse a mãe Ana Paula.


Diagnóstico precoce

A batalha de Bianca Ticz, de Alpestre, durou oito meses graças ao diagnóstico precoce. No ano passado, a menina descobriu a doença de Hodgkine e rapidamente iniciou o tratamento no Centro Oncológico do HSVP. A expectativa dela e da mãe Edinéia para o famoso toque de Sino era enorme. “Quando tu descobres o câncer parece que o mundo termina, ninguém espera passar por isso. Nós sonhamos tanto com esse momento que é difícil acreditar que ele chegou. Estamos muito felizes com o toque do Sino”, comemora Edinéia.

 

Uma família

Para quem vive o dia a dia do Centro Oncológico Infantojuvenil a rotina vai além do trabalho e cada paciente se torna parte de uma grande família. Desta forma, é uma missão impossível não se envolver. “Eles chegam com meses, crianças ou adolescentes e a gente vive cada sentimento junto. Cuidamos como se fossem os nossos filhos e também choramos de emoção com o toque do sino”, explica a enfermeira do setor Edineia Carine Pastore. Além de uma equipe multidisciplinar, o HSVP tem à disposição oncologistas pediátricos que lutam pela causa: Pablo Santiago, Marcelo Cunha Lorenzoni e Caroline Fincatto da Silva. Em nome de todos, Pablo falou dos avanços e das melhorias previstas para o setor. “Cada fase da vida tem sua peculiaridade e a gente é especializado para atender crianças e adolescentes. O Hospital São Vicente está de parabéns por ter entendido a necessidade de um espaço especial para essa faixa etária. Conseguimos muitos avanços, uma estrutura que não existia há seis anos, mas muito ainda está por vir. Em breve, teremos a obra de construção da unidade de internação, com 15 leitos, e também a compra de novos equipamentos para o Centro Cirúrgico e UTI Pediátrica”, reforça o médico.

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