Apneia obstrutiva do sono tem tratamento especializado

Doença afeta cerca de um bilhão de pessoas no mundo

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Amanda Sachetti e Grasiela dos Santos (Foto: Divulgação)Amanda Sachetti e Grasiela dos Santos (Foto: Divulgação)
Amanda Sachetti e Grasiela dos Santos (Foto: Divulgação)
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Você ronca? A pessoa que dorme com você, ronca? Como você se sente ao acordar: bem disposto(a) ou querendo dormir ainda mais? Durante o dia você tem necessidade de dormir? Essas questões são fundamentais para saber se o seu sono está tendo qualidade. A abordagem é das fisioterapeutas Amanda Sachetti e Grasiela dos Santos, que atuam há quase 10 anos na área de distúrbios respiratórios do sono no Centro de Atenção Pneumológica e Distúrbios do Sono – CAP.


O sono

O sono é uma condição fisiológica e fundamental para a manutenção de saúde. Sua principal função é a restauração do corpo, como o reparo dos tecidos, o crescimento muscular, a síntese de proteínas e a melhora da nossa imunidade. Durante este momento, é possível repor energias e regular o metabolismo, fatores essenciais para manter corpo e mente saudáveis. Costumamos dizer que o sono, a boa alimentação e a prática de atividade física são os principais pilares para nos mantermos saudáveis.


As apneias

Quando apresentamos apneias (que são paradas respiratórias) e ronco durante o nosso sono, por mais que tenhamos a sensação de termos dormido durante a noite, sabemos através de comprovação científica que o nosso cérebro não consegue manter o sono adequado, fazendo com que ele se torne superficial a cada apneia que fazemos, ou seja, ao invés de cumprirmos adequadamente cada fase do sono, ele se torna “bagunçado”, não cumprindo sua função. Além dessas questões, sabe-se que o fato de não dormirmos bem colabora para o envelhecimento precoce, alterações de humor, falhas de memória, dentre outras alterações.


A fisioterapia

A fisioterapia é aliada no tratamento dos distúrbios respiratórios do sono, pela importância de uma abordagem multiprofissional no atendimento. A avaliação médica é fundamental para o início desse processo, pois é através da avaliação clínica e coleta dos dados informados pelos pacientes que o profissional consegue direcionar o tratamento. Após realizada a polissonografia, que é um exame que pode ser realizado no laboratório do sono ou em casa, dependendo da necessidade de cada caso, o médico consegue identificar a gravidade da Apneia Obstrutiva apresentada e nesse momento direcionar ao tratamento mais adequado. Em casos de apneia obstrutiva moderada e grave, é o profissional de fisioterapia quem irá nortear os próximos passos a serem seguidos. Para estes casos moderados e graves, o padrão ouro para tratamento é o uso do CPAP (Pressão Aérea Positiva Contínua), que é um equipamento que gera um volume de ar pressurizado na via aérea, fazendo com que ela não obstrua durante o sono. Permitindo que o paciente consiga dormir adequadamente sem roncar, sem fazer as apneias (pausas respiratórias) durante o sono, não ocorrendo alterações da pressão arterial e também sobrecarga cardíaca, que são fatores de risco para o agravamento do caso.


O tratamento

Como fisioterapeutas atuantes no CPAP há quase 10 anos, Amanda e Grasiela atenderam quase 1.000 pacientes. Elas explicam que o tratamento é humanizado, sempre voltado ao melhor custo benefício para os nossos pacientes. Realizam todo o processo na clínica, o primeiro atendimento que inclui avaliação e explicação de como irá funcionar o tratamento. Titulação de Pressão Positiva, que é um exame onde o paciente tem a oportunidade de testar um aparelho de CPAP por um período de mais ou menos 7 dias, sendo identificado nesse exame qual a pressão necessária a ser utilizada para que o paciente não faça mais as apneias e ronco. Depois, realizam um acompanhamento em longo prazo com consultas presenciais e remotamente conforme cada caso. Para facilitar o tratamento, disponibilizam (venda ou locação) equipamentos CPAPs, BIPAPs, ventiladores mecânicos, assistentes de tosse e concentradores de oxigênio.

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