Câncer de mama e de próstata continuam sendo os tipos com maior incidência no Brasil

Segundo a “Estimativa 2023 - Incidência de Câncer no Brasil”, o País ultrapassará 700 mil novos casos de câncer nos próximos anos

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Entre as mulheres, o câncer de mama é o mais incidente com 74 mil casos novos por ano (Foto – Pixabay)Entre as mulheres, o câncer de mama é o mais incidente com 74 mil casos novos por ano (Foto – Pixabay)
Entre as mulheres, o câncer de mama é o mais incidente com 74 mil casos novos por ano (Foto – Pixabay)
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A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para o triênio 2023-2025 é de 704 mil novos casos de câncer no Brasil. A “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil” foi publicada na última semana, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Câncer, que ocorre em novembro, no dia 27. A maior parte dos casos, 70%, estarão concentrados na região Sul e Sudeste do país. Não considerando o câncer de pele não melanoma, o câncer de mama, nas mulheres, e de próstata, nos homens, continuam no topo da lista dos mais incidentes.


Tipos mais incidentes

Ao todo, foram estimadas as ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no Brasil. Nesta edição, foram incluídos dois tipos a mais do que na publicação anterior: câncer de fígado, que está entre os 10 mais incidentes na região Norte, e o câncer de pâncreas, entre os 10 mais incidentes na região Sul. O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma, cerca de 30% do total, seguido pelo de mama feminina, pouco mais que 10%, de próstata (10%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).


IDH

“Não considerando o câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata nos homens é predominante em todas as regiões, num total de 72 mil casos novos anuais. Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o câncer de cólon e reto está em segundo lugar, enquanto nas de menor IDH é o câncer de estômago. Além disso, entre as mulheres, o câncer de mama é o mais incidente com 74 mil casos novos por ano seguido, nas regiões mais desenvolvidas, pelo câncer colorretal e, nas de menor IDH, pelo câncer do colo do útero”, comenta o oncologista do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alvaro Machado. Ele observa que a incidência de câncer está aumentando no país nos últimos anos. “A estimativa passada, triênio 2020-2022, apontava 625 mil casos novos de câncer, agora a estimativa já aponta mais de 700 mil. O câncer cresce a cada ano e, em pouco mais de uma década, o câncer poderá ser responsável pela maioria dos óbitos no Brasil”, alerta o oncologista. Rio Grande do Sul e Passo Fundo No Rio Grande do Sul (RS), as estimativas anuais são de 3.720 novos casos de câncer de mama, 3.700 casos de câncer de pulmão, 3.510 de câncer de próstata, 3.120 de colorretal e 1.080 de estômago. “O câncer de pulmão começa seu declínio no Brasil, fruto da intensa campanha antitabagista, passando de terceiro para quarto lugar, apesar de manter-se em segundo lugar no RS, estado com os mais altos índices de tabaco”, reforça Machado. Em Passo Fundo, o oncologista destaca que, na população residente, estima-se a cada ano cerca de 120 casos de câncer de mama, 115 de câncer de próstata, 60 de pulmão, 50 de colorretal, 18 de colo uterino e 17 de estômago.


Prevenção e diagnóstico precoce

O cenário preocupa e ressalta a necessidade de ações efetivas no combate à doença. “O avanço da obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada são fatores importantes nesse aumento da incidência. Entre as mulheres, gravidez tardia, poucos filhos e breves períodos de amamentação também favorecem o câncer de mama”, comenta Machado. O oncologista também enfatiza a importância dos exames periódicos para o diagnóstico precoce da doença. “Dos principais cânceres da nossa população, mama, próstata, pulmão, colorretal e colo uterino são passíveis de prevenção e de diagnóstico precoce. Importante conversar com seu médico, identificar os fatores de risco, realizar os exames recomendados e manter ou adquirir hábitos saudáveis”, salienta o oncologista.

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