Pediatras orientam comunidade escolar sobre prevenção da monkeypox

Brasil registra mais de 10 mil casos confirmados, sendo o segundo com o maior número de diagnósticos

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SBP indica o uso de máscaras. (Foto: Freepik)SBP indica o uso de máscaras. (Foto: Freepik)
SBP indica o uso de máscaras. (Foto: Freepik)
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Capacitar e orientar as instituições de ensino com foco na educação infantil sobre a monkeypox (MXP) são formas de garantir um ambiente escolar seguro e também para o controle da doença na sociedade. Essa é a conclusão do documento “Monkeypox: orientações para prevenção e controle nas instituições escolares”, publicado pelo Grupo de Trabalho Educação e Saúde da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que trabalha em parceria com o Departamento de Saúde Escolar. Apesar da característica do atual surto de monkeypox no mundo ser o baixo número de crianças infectadas desde a confirmação do primeiro paciente com a doença, é importante se atentar para medidas gerais para a prevenção e controle de contágio da doença nas escolas.


Máscara

De acordo com dados divulgados no final de novembro pelo Ministério da Saúde, o Brasil registra mais de 10 mil casos confirmados de monkeypox, sendo o segundo com o maior número de diagnósticos e mortes (13) no surto atual, atrás apenas dos Estados Unidos, com 29 mil e 14 vítimas do vírus. Ao todo, 81 mil pessoas foram infectadas com a doença no mundo. Para evitar a transmissão nas escolas, os especialistas orientam que devem ser reforçadas as medidas sanitárias já adotadas durante a pandemia de covid-19, como o uso de máscaras em maiores de 2 anos, higienização das mãos e não compartilhar objetos pessoais como copo, talher e material de estudo. Além disso, manter famílias e estudantes informados sobre os sinais e sintomas sugestivos da monkeypox -- que assim como em adultos são muito parecidos em crianças -- ajudam a garantir a prevenção do contágio. A recomendação é procurar avaliação médica imediata nos primeiros sinais de febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, vômito, aumento dos gânglios e lesões na pele ou região genital que parecem espinhas.


Autolimitada

De forma geral, especialistas afirmam que “a doença vem se mostrando autolimitada e de pouca gravidade, mas pode evoluir para formas graves, em especial nos grupos de risco, como gestantes, pessoas com imunodeficiências, pessoas idosas e crianças com eczema ou outras doenças de pele e em menores de oito anos de idade”. No caso das crianças, é preciso ficar atento, já que nessa fase o sistema imunológico ainda está em fase de desenvolvimento.


Capacitação

No documento, a SBP ressalta ainda que toda a comunidade escolar deve ser orientada sobre as formas de contágio, apresentação clínica e prevenção da doença. Além disso, recomenda produzir e divulgar materiais de comunicação para distribuição dos alunos com informações de fácil entendimento sobre os cuidados com a doença e medidas adotadas pela escola; e incentivar e orientar quanto à necessidade da adesão às medidas sanitárias. Nos casos confirmados da doença, a instituição escolar deve orientar pais e responsáveis a procurar um serviço de saúde para avaliação e confirmação diagnóstica; monitorar os contatos até o resultado do exame; comunicar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da escola; além de notificar os setores da educação responsáveis pelo controle de doenças.

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