Câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais incidente nas mulheres

Saiba como prevenir esse câncer, que tem como principal causa a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV)

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Papanicolau: exame deve ser feito periodicamente pelas mulheres a partir dos 25 anos Foto – FreepikPapanicolau: exame deve ser feito periodicamente pelas mulheres a partir dos 25 anos Foto – Freepik
Papanicolau: exame deve ser feito periodicamente pelas mulheres a partir dos 25 anos Foto – Freepik
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A campanha Janeiro Verde chama a atenção para um dos principais cânceres que acomete a população feminina: o câncer de colo de útero. Excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente com cerca de 17 mil novos casos por ano e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, representando cerca de 6,6 mil mortes (Inca). Esse câncer é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). O câncer de colo de útero é responsável por 13,25 casos a cada 100 mil mulheres, sendo o câncer ginecológico que mais acomete as mulheres.

Prevenção

O Papanicolau é o exame preventivo do câncer do colo do útero capaz de diagnosticar lesões pré-cancerosas e o câncer inicial, aumentando as chances de cura. “O exame Papanicolau deve ser feito periodicamente pelas mulheres a partir dos 25 anos, mesmo vacinadas contra o HPV. O exame também está disponível em postos e unidades de saúde da rede pública”, ressalta o oncologista do Centro de Tratamento do Câncer- CTCAN, Dr. Alvaro Machado. Entre os fatores de risco para este câncer estão o início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros, tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais. Esse tipo de câncer se desenvolve lentamente, podendo não apresentar sintomas na fase inicial. “Quando o quadro evolui, podem aparecer sintomas como sangramento no ato sexual ou fora do período menstrual, dor durante o ato sexual, verrugas ou feridas no colo do útero. Dor pélvica e abdominal, bem como anemia também são sinais de doença avançada”, comenta o oncologista.

 Abordagem

O tratamento mais convencional inclui a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. A abordagem dependerá do estágio da doença e das condições clínicas da paciente. Conforme o oncologista, a imunoterapia e a terapia alvo são as principais novidades no tratamento. “A imunoterapia, que são medicamentos que ajudam as defesas do corpo a detectar e combater o tumor, contribuem para resultados terapêuticos positivos e melhora a qualidade de vida das pacientes acometidas pelo câncer de colo de útero”, ressalta Machado.

Vacina contra o HPV: principal forma de prevenção

O HPV é transmitido por via sexual, preferencialmente. “A utilização de preservativos diminui o risco de contaminação, mas a vacina é a principal forma de prevenção contra a infecção e, consequentemente, desse câncer. Ela tem uma eficácia muito maior quando os jovens ainda não entraram em contato com o vírus. A vacina está disponível gratuitamente na rede pública para meninas de 9 a 14 anos e meninos, de 11 a 14 anos e outros grupos indicados pelo Ministério da Saúde. A vacina é segura e eficaz também para adultos jovens”, salienta o especialista.

 


Dicas para prevenção do câncer de colo de útero:

- Fazer a vacina contra o HPV;

- Realizar periodicamente o exame preventivo Papanicolau a partir dos 25 anos;

- A utilização de preservativos diminui o risco de contaminação;

- Evitar múltiplos parceiros sexuais;

- Não fumar.


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