Abril Azul é o Mês de Conscientização do Autismo

Sintomas envolvem problemas na interação social do indivíduo

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A data de 2 de abril marca o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A iniciativa, oficializada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o tema e combater o preconceito contra as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A partir disso, foi criada também a campanha Abril Azul, para fomentar ao longo de todo o mês ações de apoio à causa ao redor do mundo. O aumento do número de casos com diagnóstico de TEA tem sido um motivo de atenção para as equipes de saúde e comunidades científicas em todo o mundo. Apesar da escassez de dados oficiais, inclusive no Brasil, estudos internacionais realizados nos últimos anos indicam essa tendência de alta nos casos de autismo. De acordo com uma pesquisa do Center of Diseases Control and Prevention (CDC), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, uma a cada 36 crianças de 8 anos no país possui TEA. Esse número indica um aumento de 22% em relação ao estudo anterior, divulgado em 2021. O acompanhamento do autismo baseia-se em estratégias como treinamento dos pais, pois é a família que mais interage e estimula o comportamento das crianças.

Diagnóstico precoce

Mesmo com maior acesso à informação nos últimos anos, ainda há dúvidas sobre o que realmente é o autismo, seus sintomas e as implicações para o indivíduo. A conscientização dos pais e da sociedade em geral sobre o tema é importante para que o diagnóstico de TEA seja feito o quanto antes na criança. “O diagnóstico precoce é fundamental para que o indivíduo receba o tratamento adequado e desenvolva uma vida produtiva e inclusiva, com chances de estudar e trabalhar. No diagnóstico é detectado se o paciente possui características que envolvam prejuízos na interação social, na linguagem/comunicação, e se há padrões repetitivos de comportamento”, diz a psicóloga Marina Rodrigues Alves, supervisora do Neurodesenvolvimento Infantil do Instituto Jô Clemente (IJC).

Controle

“Não há medicação para o TEA, mas há casos em que são necessárias medicações para controlar quadros associados ao autismo, como insônia, hiperatividade, impulsividade, irritabilidade, atitudes agressivas, falta de atenção, ansiedade, depressão, sintomas obsessivos, raiva e comportamentos repetitivos. Em alguns casos, o indivíduo desenvolve problemas psiquiátricos”, explica.

Sinais para a procura de auxílio médico


1. Pouco contato visual: a criança não olha quando é chamada pelo nome ou não sustenta o olhar.

2. Não interagir com outras pessoas: não interage com outras pessoas por meio de sorrisos, por exemplo.

3. Bebês que não fazem jogo de imitação: os bebês começam a imitar atitudes e comportamentos por volta dos seis a oito meses de vida, portanto, deve-se ficar atento quanto à ausência desse comportamento.

4. Não atender quando chamado pelo nome: a criança pode parecer desatenta, pois não atende quando é chamada pelo nome.

5. Dificuldade em atenção compartilhada: não demonstra interesse em brincadeiras coletivas e parece não entender a brincadeira.

6. Atraso na fala: criança acima de dois anos que não fala palavras ou frases.

7. Não usar a comunicação não-verbal: não usa as mãos para indicar algo que quer.

8. Comportamentos sensoriais incomuns: se incomoda com barulhos altos, por vezes colocando as mãos nos ouvidos diante de tais estímulos; não gosta do toque de outras pessoas, irritando-se com abraços e carinho.

9. Não brinca de faz de conta: não cria suas próprias histórias e não participa das brincadeiras dos colegas. Também não utiliza brinquedos para simbolizar personagens. Suas brincadeiras costumam ser solitárias e com partes de brinquedos, como a roda de um carrinho ou algum botão.

10. Movimentos estereotipados: apresenta movimentos incomuns, como chacoalhar as mãos, balançar-se para frente e para trás, correr de um lado para outro, pular ou girar sem motivos aparentes. Os movimentos podem se intensificar em momentos de felicidade, tristeza ou ansiedade.


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