Janeiro traz o retorno de chuvas regulares e volumosas

Com uma frente fria prevista para a próxima semana, entrada do La Niña em fase neutra deve reduzir impactos do déficit hídrico em Passo Fundo

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Altas temperaturas marcaram a primeira semana de 2023. (Foto: Arquivo/ON)Altas temperaturas marcaram a primeira semana de 2023. (Foto: Arquivo/ON)
Altas temperaturas marcaram a primeira semana de 2023. (Foto: Arquivo/ON)
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Com um início de semana marcado por pancadas isoladas de chuva em Passo Fundo, os prognósticos para o mês de janeiro apontam o retorno de precipitações mais consistentes e regulares devido a entrada do La Niña em uma fase neutra. Chegando a marca dos 33ºC nesta sexta-feira (6), uma frente fria está prevista para passar pelo Estado na próxima terça-feira (10), o que traz chuvas para a região. 


O retorno das chuvas

Janeiro iniciou com o registro de cerca de 36 mm em Passo Fundo após uma pancada de chuva no final do dia em virtude do calor, que variou entre 30ºC e 33ºC durante esta semana, com mínimas de 15ºC ao amanhecer. O fim de semana segue com tempo firme e a partir da próxima semana, entre terça e quarta-feira (7), uma frente fria com origem na Argentina se une a uma umidade vinda da Amazônia, trazendo precipitações na faixa de 20 a 30 mm.

Em volume reduzido, a tendência é que nas próximas semanas esse cenário melhore com a entrada do fenômeno La Niña em uma fase neutra. “O fenômeno La Niña está entrando em fase de neutralidade a partir de janeiro, estando nessa fase principalmente entre janeiro a março, então a tendência é de chuvas um pouco mais regulares nos próximos dois meses”, esclareceu o analista do laboratório de meteorologia da Embrapa Trigo, Aldemir Pasinato, pontuando que a partir do dia 15 de janeiro as precipitações voltam a ter mais consistência e regularidade.


Déficit hídrico 

Encerrando o mês de dezembro com o registro de apenas 53 mm, ou seja, 108 mm a menos que a média esperada de 162 mm, Passo Fundo enfrenta um déficit hídrico que se arrasta por seis meses. De julho a dezembro de 2022 foram contabilizados 564 mm, 46% da média normal para o período, que é de 1.020 mm. 

Apesar do cenário crítico sinalizado no segundo semestre do ano, o montante de 2022 alcançou a média histórica. Ao todo, foram 1.960 mm de chuva contabilizados na Estação Meteorológica da Embrapa Trigo, 30 mm a mais que a média anual de 1.930 mm. “Com o La Niña se encaminhando para a neutralidade, teremos essas chuvas mais regulares, principalmente em janeiro, o que vai melhorar as condições hídricas do nosso solo, em especial para a cultura da soja”, ressaltou Aldemir Pasinato.


Chuvas na média

Com o retorno das precipitações, janeiro tem a possibilidade de encerrar com chuvas dentro da média esperada de 174 mm, acompanhado de temperaturas que deverão ficar entre normal e acima da média.

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