Um agosto com temperaturas para todos os gostos

De 27ºC às geadas; dos dias secos e céu azul às noites úmidas, chuva e neblina

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Nuvens caracterizam a chegada da frente fria - Foto – LC Schneider-ONNuvens caracterizam a chegada da frente fria - Foto – LC Schneider-ON
Nuvens caracterizam a chegada da frente fria - Foto – LC Schneider-ON
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  Neste mês de agosto, a temperatura varia do calor de derreter a moleira ao frio de renguear cusco. “Agosto será um mês de bastante amplitude térmica, com grandes variações entre frio e calor”, alerta Aldemir Pasinato. De acordo com o analista do Laboratório de Agrometeorologia da Embrapa Trigo, na Região de Passo Fundo teremos um mês para andar de mangas curtas ou debaixo de um pala de lã. Porém, mesmo com forte oscilações térmicas, a temperatura ficará acima das médias históricas. No céu as nuvens retratam as variações do tempo, alternando um firmamento azul límpido com nuvens carrancudas. Dias secos e dias chuvosos. Dias abafados ou noites úmidas. Sol ou neblina. Certamente, um mês para o ziguezague dos indicadores meteorológicos. E, é claro, um inverno atípico.

 Temperaturas elevadas

“Os primeiros dias de agosto tiveram temperaturas elevadas. Até agora a máxima ficou 3,5ºC acima da média. Já a mínima atingiu 4,5ºC acima das médias históricas”, informou Pasinato com base nos registros da unidade da Embrapa em Passo Fundo. “Para essa terça-feira teremos sol entre nuvens, possibilidade de pancadas de chuvas e a temperatura deve atingir até 27ºC”. Após dias abafados, teremos uns seis ou sete dias com predomínio do frio. Em seguida, o calor estará de volta para carimbar um dos agostos mais quentes dos últimos tempos.

 O frio batendo à porta

Hoje quente, amanhã refresca um pouco com a entrada de uma nova frente fria e a máxima não ultrapassará 22ºC. Na quinta-feira quem baterá à porta será o nosso conhecido frio. “Após a chegada da frente fria uma massa de ar frio, de origem polar, vai determinar um declínio acentuado de temperatura”, alerta Adelmir. Na quinta e na sexta-feira teremos mínimas à noite de 7 ou 8ºC, céu nublado e predomínio de nebulosidade, em autêntico cenário de inverno. “Na sexta esfria um pouco mais, com indicativos de mínima de 4ºC e máxima de até 10ªC, será um dia extremamente frio”. E os efeitos da massa de ar frio não param por aí, pois no sábado e domingo os termômetros devem marcar menos de 4ºC e não passarão de 12. “A onda de frio permanece até a próxima semana com indicativos, até o momento, de que pode ficar abaixo de 3ºC. O frio prossegue até dia 14 ou 15”, concluiu Pasinato.

Neve e geada

Quando o frio chega, já estamos habituados a ouvir sobre as “probabilidades” de que irá nevar. Agora, diante da previsão de dias frios, novamente a neve é vislumbrada com a expectativa de um atrativo turístico. Mas ainda é cedo para afirmar que irá nevar. “Hoje não tem como prever. Se ocorrer será na sexta ou sábado. Isso ainda depende da intensidade da onda de frio que chega na quinta-feira”, disse o analista. Para nevar a temperatura deverá ficar abaixo de 0ºC. Porém, com ou sem neve, teremos uma paisagem branca e gélida. “Há previsão de ocorrência de geadas para o final de semana”, alertou.

Pouca chuva

Se o termômetro indica um inverno atípico, também o pluviômetro mostra uma estação mais seca. “Em julho, as chuvas do mês ficaram abaixo da média desde setembro de 2023”, disse Pasinato. Em agosto devem ficar abaixo da média em Passo Fundo e Região Norte do RS.

Lavouras e frutíferas

Menos chuvas e mais sol formam uma combinação benéfica para o desenvolvimento das culturas de inverno. São as lavouras de trigo, cevada, aveia e canola já plantadas na região de Passo Fundo. “O excesso de calor acelera o desenvolvimento e antecipa o espigamento”. Por outro lado, os pessegueiros floridos em agosto alertam para irregularidades na fruticultura. “É a floração antecipada, pois as frutíferas entendem que já está no período de florescimento”. Árvores floridas e frio não têm uma convivência saudável. As flores podem cair? “Depende da intensidade do frio. Uma ou duas geadas fortes, temperatura abaixo de 0ºC, nem sempre causam problemas. Serão necessárias várias geadas para afetar e causar o abortamento das flores e, consequentemente, perdas na produção”, detalhou o analista da Embrapa Trigo.

  

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