Presidência do G20 é oportunidade de defender multilateralismo

Brasil quer pautar agenda internacional com o combate às desigualdades

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Maurício Lyrio: “apenas com um sistema multilateral revigorado será possível alcançar a paz” Foto – Valter Campanato-Agência BrasilMaurício Lyrio: “apenas com um sistema multilateral revigorado será possível alcançar a paz” Foto – Valter Campanato-Agência Brasil
Maurício Lyrio: “apenas com um sistema multilateral revigorado será possível alcançar a paz” Foto – Valter Campanato-Agência Brasil
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Pela primeira vez na história, o Brasil ocupa a presidência temporária do G20 - um fórum de cooperação internacional que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana. O mandato brasileiro, iniciado em 1º de dezembro do ano passado, terá duração de um ano e se encerrará em 30 de novembro. Nesse período, o Brasil organizará mais de uma centena reuniões de grupos de trabalho e cerca de 20 reuniões ministeriais. À frente e nos bastidores de alguns desses eventos estará o embaixador de Maurício Lyrio, que ocupa a função de “Sherpa do Brasil para o G20”. Originalmente, o termo sherpa designa o nome de um povo que guia alpinistas nas montanhas do Himalaia. Na diplomacia, sherpa designa os articuladores e negociadores em cúpulas de chefes de Estado e governo, como a que ocorrerá entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

Inclusão e sustentabilidade

Para o embaixador, a presidência do Brasil no G20 cria oportunidades para “associar as agendas da inclusão social e da sustentabilidade ambiental ao imperativo do desenvolvimento econômico. Para Maurício Lyrio, “na reunião da Comissão Nacional do G20, o Presidente Lula foi muito claro: o G20 é uma prioridade de todo o governo. Não tenho dúvidas de que a presidência do G20 é uma das principais oportunidades que o Brasil tem de apresentar ao mundo os seus vários atributos e, ao mesmo tempo, comunicar suas prioridades de políticas públicas e relações exteriores. Teremos mais de 100 reuniões no Brasil, distribuídas em 15 cidades. Em 2024, com o G20, o Brasil consolida sua volta ao centro da agenda internacional. Buscaremos associar as agendas da inclusão social e da sustentabilidade ambiental ao imperativo do desenvolvimento econômico. Em particular, com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o Brasil procura trazer o tema do combate às desigualdades para o centro da agenda internacional”.

Governança global

Entre as agendas prioritárias definidas pelo Brasil no G20 está a reforma da governança global. Lyrio explica que “é o revigoramento do multilateralismo e a promoção da reforma das instituições de governança global. Muitas das organizações internacionais foram concebidas na década de 1940, refletindo uma realidade que não existe mais. À medida que o sistema internacional evolui para uma configuração mais multipolar, é essencial que essas instituições atualizem suas estruturas, para melhor representar seus membros e entregar resultados concretos. A presidência brasileira do G20 adota como premissa que apenas com um sistema multilateral revigorado será possível alcançar a paz, a estabilidade e o desenvolvimento sustentável inclusivo”, completou. (Com Agência Brasil)

 

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