Entre as mães, é um consenso: uma das maiores preocupações quando se tem filhos é em encontrar a melhor escola para deixá-los quando chega a hora de voltar ao trabalho. Assim como qualquer mãe, Aline Roberta de Quadros também viveu essa preocupação e por muito tempo buscou a melhor opção para suas filhas Maria Júlia, hoje com 11 anos, e Ana Clara, de 8. As filhas passaram por sete escolas diferentes, até que um dia Aline resolveu abrir a própria escola de educação infantil.
A Escola Sementinhas do Amanhã nasceu, entre 2010 e 2011, do desejo de Aline e de uma antiga sócia de oferecer algo diferente, aquilo que ela sempre buscou quando colocava suas próprias filhas em uma escola. O que começou com apenas seis alunos, hoje já é algo consagrado: mais de 100 crianças são atendidas diariamente por uma equipe de 27 profissionais, entre eles professoras, auxiliares, cozinheira, profissionais de limpeza, auxiliar administrativo, coordenadora pedagógica, além de professores de música, ballet e inglês.
De acordo com Aline, a maior preocupação na hora de pensar a escola foi a de ter o olhar de uma mãe e para ela, esse é o grande diferencial que eles oferecem. “Eu queria que as mães deixassem seus filhos e confiassem. É como se elas estivessem entregando para outra mãe”, explica. E essa preocupação é vista em todos os detalhes da escola. As professoras, por exemplo, são todas mães e mantêm os filhos na escola, além disso, toda a comida das crianças é preparada na própria escola, conforme a orientação de um nutricionista e com todo o amor e um carinho que uma mãe teria.
Cuidado e bem-estar
E o olhar de mãe não está apenas no projeto inicial da escola, faz parte do dia a dia de quem pensa e vive esse cuidado e carinho. “As crianças passam mais tempo aqui do que com a própria família, então a gente quer que eles tenham esse sentimento de uma coisa familiar, de uma coisa gostosa, prazerosa. No quesito brincadeira dirigidas, brincadeiras pedagógicas, atividades diferenciadas, que seja um ambiente favorável à criança”, explica a coordenadora pedagógica Camila Elisabeth Pizzato.
Segundo ela, o que mais se preza dentro da Sementinhas do Amanhã é o cuidado e bem estar das crianças. “A gente quer que eles cheguem aqui na porta e dêem os braços para as professoras e que no fim da tarde não queiram ir embora, não para que os pais se sintam frustrados, mas para que saibam que as crianças estão bem aqui, que elas se sentem confiantes”, comenta.
“Tenho cem filhos”
E para que tudo funcione, Aline, que é formada em Pedagogia e está se especializando em Psicopedagogia, conta que a preocupação com as crianças dentro da escola é constante. “Qualquer febre a gente está lá, a gente tem contato direto com as mães, manda uma foto, avisa que está bem. É como se eu tivesse 100 filhos. Nossa preocupação é totalmente voltada a eles. A gente sempre pensa em tudo. E a escola cresceu muito por esses cuidados”, conta.
Atenção que também precisa ser dividida com as filhas. “Elas me cobraram muito no início, porque obviamente queriam a mesma atenção, mas agora elas se adaptaram bem. Todos os dias ficam aqui comigo durante a manhã e à tarde eu levo elas para a escola. elas sabem que eu também tenho minhas responsabilidades, que as outras crianças e os pais dependem de mim para isso, então elas aprenderam a conviver com isso e gostam, amam a escola, estão sempre por aí circulando, dando opinião”, conta.
Tanto cuidado, claro, também se reflete nas crianças. “Eles chegam sorrindo, saem sorrindo, eles são muito felizes na escola”, destaca. E com tanto contato assim, Aline garante que é impossível não acabar se apegando às crianças: “Eu sofro, choro muito nas formaturas, mas a gente precisa deixar eles ir, são fases da vida”, finaliza.