A infância alegre junto aos irmãos e primos no interior do Paraná foi apenas um dos capítulos da vida da professora Jenice Maria Pereira. Natural de Guarapuava, Jenice foi criada por uma mãe muito correta e brava, que educava sozinha – o pai faleceu quando ela tinha apenas dois anos - e com pulso firme ela e os quatros irmãos. Foi ela também sua primeira professora.
Mas Jenice queria mais, queria algo diferente. A oportunidade surgiu quando os vizinhos da família resolveram se mudar para Passo Fundo e a convidaram para trabalhar um mês em sua residência como babá das crianças. “Quando seus filhos começaram a freqüentar uma escolinha tive a oportunidade de trabalhar nela como auxiliar, pois na época tinha ingressado no curso de Pedagogia. Com o passar do tempo e maior experiência, comecei a trabalhar em outra escolinha como professora titular, e pela parte da manhã continuava a trabalhar de babá para a família”, lembra.
A realização de um sonho
A identificação com a área da educação e o contato diário com crianças despertaram nela um novo sonho: ter sua própria escola de educação infantil. “Conheci outra professora que também era minha colega de faculdade e começamos a planejar a nossa escola. Depois de um mês inauguramos nossa Escola de Educação Mundo Infantil, onde sou conhecida até hoje como ‘Prô Tita’. O sonho de nossas vidas estava realizado”, conta. Foram 14 anos trabalhando juntas até que, segundo Tita, por escolhas da vida cada uma seguiu seu caminho e ela continuou com a escola que hoje é administrada por ela e por mais duas sócias.
Escola Mundo Infantil
Hoje a escola conta com uma estrutura que, de acordo com a prô Tita é melhorada constantemente. Ao todo, são 16 funcionários para atender crianças com idades de três meses a seis anos. “Um dos diferenciais da nossa escola é estar 15 anos trabalhando na área”, destaca Tita que acredita que uma boa educação inicial é fundamental para o crescimento social de desenvolvimento das crianças. “É através dela que ajudamos a formar pessoas capazes de construir sua historia”, encerra.
