Luciana Reginato: o amor à medicina

Da Santa Casa a Clínica Contour: conheça a história da médica que escolheu Passo Fundo para viver

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“Eu sempre quis ser médica, nunca tive dúvida, não me lembro de querer ser outra coisa”, assim Luciana Reginato, começa a contar a sua história. A oftalmologista conta que a única dúvida que teve durante o curso de medicina foi escolher qual especialidade seguir.

Natural de Marau, a médica morou na cidade até os oito anos. Logo após, foi para Ciríaco, cidade onde os pais dela nasceram e lá ficou até os 18 anos. “ Ainda com 18, eu me mudei para Porto Alegre, com meu irmão, ele foi para fazer residência e eu para fazer cursinho. Fiz três anos de cursinho para poder passar em uma universidade Federal”.

Luciana passou no vestibular da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre) e fez a residência no Hospital Santa Casa. No hospital, permaneceu por mais de 10 anos, atendendo pacientes, operando mais de 600 pessoas e aprendendo mais sobre a especialidade que ama.  “São três anos de residência, mas fiz um quarto ano de especialização em transplante de córnea”. A médica também foi preceptora dos residentes na Santa Casa.

A oftalmologia na vida de Luciana apareceu como um amor à primeira vista. “Sempre me apaixonei por todas as especialidades que fiz durante o curso, eu amava cada matéria que fazia e dizia que iria seguir aquela, mas no sexto ano quando tive contato com a oftalmologia, quando vi as cirurgias achei aquilo genial”, diz.  Para ela, a especialidade é resolutiva. “A cirurgia em si rápida, muda a vida das pessoas, eu lido com os pacientes felizes e isso é muito gratificante, eu definitivamente amo o que faço”.

Por causa da medicina, conheceu o marido. “Nos conhecemos no cursinho e ele passou para o vestibular da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e eu para a UFCSPA, na verdade o meu sonho era a UFRGS e o dele a ‘fundação’, e concluímos a faculdade no mesmo ano, mas ele seguiu pelo caminho das anestesias”, relembra. A médica ainda conta  que não poderia ter escolhido universidade melhor para cursar e que, no final das contas, a melhor opção de estudos para ambos aconteceu.

Mudança para o interior

A médica permaneceu em Porto Alegre e atuando no Santa Casa até março de 2016, quando ela e o marido resolveram trocar de cidade. Vieram para Passo Fundo em busca de mais qualidade de vida e Luciana já pensava em ter o próprio consultório “Eu sabia que as coisas iriam funcionar melhor quando se é dono do próprio negócio, eu queria ser responsável pelas minhas próprias escolhas profissionais. Tem a parte boa de se trabalhar em um hospital grande, sempre tem apoio, alguém para ajudar, um suporte muito grande e no consultório é basicamente sozinho, mas não é totalmente, sempre tem contato com professores e outros médicos”. 

A Clínica

Atualmente, a médica atua na Clínica Contour, clínica que reúne diversas especialidades, dentre elas a dermatologia, endocrinologia e ginecologia e que recentemente abriu os trabalhos em Passo Fundo. “A ideia da clínica surgiu do Rafael, cirurgião plástico e a ideia é de que uma clínica é mais interessante que um consultório, ela também te dá um suporte, para paciente é muito bom, une as especialidades”, comenta. 

Ela ainda acrescenta que, na área dela, quase nunca é só a questão do olho. “Às vezes tenho pacientes que são diabéticos, então preciso do suporte de um endócrino ou de um nutricionista, então a ideia da clínica foi essa, não é um hospital, pois aí é uma outra visão e aqui conseguimos acolher mais o paciente,  vê-lo como um todo”.

Memória Afetiva

Medicina é dedicação. O carinho e atenção que a profissional dedica a seus pacientes, a compreensão de suas peculiaridades, seus anseios e suas alegrias  são compartilhados  e promovem a ligação afetiva. O que faz a beleza da profissão.  “Às vezes os pacientes não imaginam o quanto fico ansiosa, na expectativa por uma cirurgia, até mais do que eles as vezes, pois sabemos a complexidade do procedimento é a responsabilidade é muito grande”.

A médica ainda comenta que é uma grande alegria quando eles retornam para contar: ‘Doutora, cheguei em casa e vi meu marido! ’ Ou ainda: ‘Doutora, a mãe chegou em casa e não gostou da pintura da casa, das flores no jardim’. Elas antes não enxergavam e quando vão para casa, sem o curativo, já conseguem ver tudo, é muito gostoso isso. Às vezes os pacientes trazem algum presente, mas não tem nada mais gratificante do que isso, ver o paciente feliz é muito bom”, finaliza.

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