“Tem meninos que chegam na barbearia já decididos, querem o corte igual ao do jogador de futebol que gostam”. Assim Paulo Pires, que trabalha há cerca de três anos com barbearia define os seus principais clientes, ou ‘clientinhos’. Na Barbearia do Comércio, as crianças são bem vindas e a procura pelos cortes e desenhos nos cabelos é grande. Paulo diz que uma das táticas para lidar com eles é ter uma conversa com os anjinhos da guarda. “Sempre me identifiquei com as crianças e me dou bem com elas, precisa ter paciência e fazer um corte rápido, para que a criança não se enjoe de estar ali na cadeira”.
O barbeiro acredita que o momento em que a criança está na barbearia é um momento de alegria e que representa muito para ela o visual. Ele atribui esse sentimento de alegria ao ambiente que a barbearia proporciona ao cliente. “´Peço para ele qual é o super heroi que ele mais gosta e colocamos a capa nele, em alusão ao dia da criança demos para eles bigodes de chocolate, é um ambiente familiar, as mães vem junto, os pais trazem os filhos, então as crianças ficam tranquilas e confiam no trabalho, é um espaço para todos a barbearia”.
Para ir cortar o cabelo com Paulo, é preciso que a criança tenha no mínimo seis meses de idade. “Tenho clientes que começaram bem pequeninos a cortar o cabelo comigo e hoje já estão grandes, com quase quatro anos e que gostaram do trabalho, continuam vindo com os pais”. Paulo acredita que a barbearia é mais que apenas o local de cortar o cabelo, mas sim um lugar onde possibilita fortalecer o vínculo com o pai.
Desenhos
O que está na moda, que os jogadores de futebol como Neymar e Cristiano Ronaldo usam, as crianças pedem. Os desenhos são marcas registrada de Paulo e ele já desenhou na cabeça de meninos desde o símbolo do batman até homenagens para os pais. “Tenho um cliente que as vezes pede para eu desenhar a inicial do nome da mãe ou da pai e diz que isso é uma homenagem, é muito legal fazer parte disso”, finaliza.