Amor, ingrediente especial

Para a confeiteira Eliane Campos, carinho, dedicação e estudo constante são elementos essenciais na produção de bolos e doces personalizados

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Quando fala sobre o próprio trabalho no ramo de confeitaria, Eliane Campos gosta de dizer que faz tudo “com o coração na ponta dos dedos”. Vai ver é esse o elemento secreto que tornam seus doces tão atrativos. Embora tenha começado há pouco tempo a encarar a confeitaria como profissão, Eliane tem se destacado em Passo Fundo com a produção de brigadeiros, bombons, doces finos, tradicionais e personalizados, além de, é claro, seu carro- chefe: os bolos. As decorações são de encher os olhos e sempre pensadas em agradar, também, o paladar dos clientes.

“Trabalho muito com coberturas cremosas, mesmo nos bolos mais decorados e aí, dependendo da decoração, uso outros elementos, como chocolate, pasta americana, topper de bolo... Sempre pensando no cliente, naquilo que ele está buscando, no que ele mais gosta”, conta a confeiteira. As opções vão dos bolos mais tradicionais até os mais inovadores, variando entre R$ 38 e R$ 55 por quilo. Além do que consta no cardápio, pedidos especiais são bem-vindos. Seja para vender docinhos ou bolos mega decorados para eventos especiais, Eliane está sempre disposta a criar produtos únicos. “O cliente traz a ideia para mim, eu vejo o que é possível fazer, o que fica bonito, passo minha ideia para ele e entramos em um acordo. Isso pode ser tanto pelo celular ou Facebook, quanto pessoalmente. Estou à disposição para que o cliente marque um horário e venha pessoalmente fazer uma degustação”, explica.

Segundo Eliane, além do amor e do cuidado para atender ao que o cliente procura, utilizar produtos de qualidade é ponto-chave para o sucesso do trabalho. “São produtos caseiros, recheios cozidos, não uso nada de pré-mistura, é tudo feito por mim. Faço a produção, os sabores, a preparação, o armazenamento, a compra. Estou sempre me atualizando, faço pesquisa de mercado e converso com os clientes para ver o que mais gostam. É bastante trabalho, mas eu gosto, compensa”.

Datas especiais

Em datas comemorativas, Eliane aproveita mais uma vez para mostrar seu diferencial com decorações especiais. Enquanto na Páscoa investiu na produção de ovos de colher com novos sabores, para o feriado de Dia das Mães que se aproxima ela conta que a preparação já teve início, testando novas ideias. “Estou planejando trabalhar com tortas bem decoradas, com bastante flores, em formato de coração, que é o que elas gostam, e sabores exclusivos para a data. O carro-chefe serão as tortas”.

“É um dom”

Embora tenha trabalhado em outras áreas antes de investir no ramo da confeitaria, foi somente fazendo doces que Eliane se sentiu finalmente realizada. O gosto por colocar a mão na massa vem desde os dez anos, quando fazia bolos para a família. “Acho que é um dom. Quando eu era pequena, adorava fazer bolo para o aniversário da minha irmã mais nova. Fazia uma bagunça, mas minha mãe sempre me encorajou. Antes de começar profissionalmente, decidi fazer um curso de brigadeiro gourmet e foi o que me estimulou a fazer também ovos de Páscoa para vender. A partir daí, deslanchou, foi muito melhor do que eu esperava e, já em seguida, comecei a fazer bolos, também por incentivo da minha mãe. Desde então, não parei mais. Passei a me dedicar exclusivamente a isso e nunca estive tão realizada. Uma coisa puxa a outra. A cliente quer um doce personalizado, você vai atrás, vê como faz, procura aquele conhecimento e acaba gostando”. Nesse tempo, ela conta que já foram mais de 30 cursos realizados e muitas horas dedicadas a estudos online e leitura de livros do nicho.

Para ela, a melhor parte do trabalho é alcançar ou até mesmo ultrapassar a expectativa do cliente. “O cliente vem buscar e fica feliz em ver teu trabalho, depois liga agradecendo. Já aconteceu de a mãe querer fazer só um bolinho para uma data não passar em branco e aí o bolo é o ‘tcham’ da festa, que a criança fica encantada e adora, como se salvasse a festinha. Isso me deixa mais emocionada, com mais vontade de continuar. Você se sente valorizada, sabe que tem alguém esperando por aquilo, contando com você”.

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