Batuque, ancestralidade e as raízes do samba ambientam a sonoridade de “Munduê”, o primeiro projeto totalmente autoral do cantor e compositor Diogo Nogueira. Junto aos maiores sucessos e clássicos do samba, as músicas do álbum aparecem no repertório do sambista estreante em terras passo-fundenses nesta quinta-feira (7), em show no Centro de Eventos do Gran Palazzo.
Honrando o DNA herdado de uma das figuras mais emblemáticas do samba, o pai João Nogueira, Diogo sai de sua zona de conforto em seu novo trabalho e celebra dez anos de carreira. Ao longo de 14 composições, ele apresenta parcerias com nomes da nova geração e dedica o trabalho a mestres do gênero, como Noel Rosa, Zeca Pagodinho, Cartola, Candeia, Monarco, Paulinho da Viola, Jorge Aragão e Nelson Cavaquinho. A banda que o acompanha é formada por João Marcos (baixo e direção musical), Henrique Garcia (cavaquinho), Wallace Pres (violão), Jefferson Rios (bateria), Maninho (percussão), Bruno Barreto (percussão e coro), Wilsinho (percussão) e Fabiano Segalote (trombone).
Em entrevista ao ON Mix, Diogo conta detalhes sobre seu trabalho mais recente e adianta o que o público pode esperar do show em Passo Fundo.
O Nacional: Munduê é seu primeiro disco totalmente autoral. Como foi o processo de composição?
Diogo Nogueira: Munduê é um trabalho em que comemoro 10 anos de carreira. Quando pensei em fazer esse disco entendi que tinha chegado o momento de apresentar diversas canções de minha autoria, com alguns parceiros, e fazer um disco totalmente autoral. Trago canções feitas ao longo dos últimos anos e que sinto que era a hora de gravá-las.
ON: O que o trabalho representa?
Diogo: Em Munduê buscamos trazer o som do batuque, da ancestralidade, de onde o samba veio. É um disco muito importante na minha carreira, por tudo que representa e por ser totalmente autoral.
ON: Por que dedicá-lo a Wilson das Neves?
Diogo: Wilson das Neves era um grande mestre, do samba e da vida. Em uma das músicas do disco ele iria gravar comigo, em “Império e Portela”, música minha em parceria com Dona Ivone Lara, Ciraninho e Bruno Castro. Ele era Imperiano e eu Portelense, mas ele adoeceu e veio a falecer no meio da gravação do disco. Por tudo isso resolvemos homenageá-lo.
ON: Do que trata a música que dá título ao álbum?
Diogo: Munduê é um canção inspirada na ancestralidade, no jongo, no passado, mas com um olhar para o futuro. É como um deus, uma entidade, que nos ensina a caminhar, que nos ensina a sermos melhores a cada dia. A música é uma parceria minha com o Hamilton de Holanda e o Bruno Barreto.
ON: Pode falar um pouco sobre a parceria com outros artistas neste disco?
Diogo: Tenho importantes parceiros, cada um com sua particularidade e história comigo. O Rodrigo Leite, Inácio Rios e Raphael Richaid, Ciraninho e Leandro Fregose estão presente em meus discos, desde o início da minha carreira. Com o Hamilton de Holanda fiz um disco inteiro, chamado Bossa Negra, com músicas nossas e de outros compositores. O Fred Camacho, Leandro Fab e Bruno Barreto são parceiros mais recentes. Mas tem uma parceira que eu tive o privilégio de compor com Dona Ivone Lara antes dela nos deixar; é a nossa grande dama do samba.
ON: Quais serão os destaques do repertório do show em Passo Fundo e o que o público pode esperar?
Diogo: Em Passo Fundo irei apresentar um espetáculo com diversos sucessos desses 10 anos de carreira, homenagens a grandes artistas do samba e da MPB, e vou cantar também músicas do disco Munduê. Será um show bem eclético, onde vou cantar de tudo. Espero todo mundo lá, pra gente cantar samba e se divertir, do início ao fim do show.
Serviço
Show: Diogo Nogueira
Local: Gran Palazzo Centro de Eventos
Data: 07/06/2018
Horário: A partir das 21h, abertura com o Grupo Sambah!
Show Diogo Nogueira: 23h.
Ingressos
- Center Color
- Riviera Café
- Empório Giaretta
- Venda online: blueticket.com.br