OPINIÃO

Saída do Ministro

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Eu não me surpreendo com a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, pois é um cargo de confiança do Presidente eleito e de forma democrática. Quanto aos acertos que fizerem de carta branca, aposentadoria e cadeira no STF não temos conhecimento para avaliar e muito menos opinar. O que nos surpreende são as acusações que deverão, como em qualquer outra situação, investigar e fazer os devidos encaminhamentos. 

Moro sendo Moro

As pessoas colocam a substituição de Sérgio Moro como uma ação de ser contra ou a favor de Bolsonaro e sinceramente não vejo assim.  Moro foi nomeado e com alto prestígio, fez encaminhamentos de leis e foi elogiado por milhões de brasileiros quando vazou conversas de Marisa Letícia com seu filho, em assuntos de cunho particular. Muitas destas pessoas agora se revoltam quando ele vaza conversas no WhatsApp com o Presidente e de assunto de interesse nacional. Temos que ter coerência e saber que o pau que bate no Chico, bate no Francisco. 

Bolsonaro sendo Bolsonaro

O Presidente não tem sido infiel aos milhões de eleitores e age como sempre agiu nos 30 anos de mandato na Câmara Federal. Quando questionado o que fazia com o dinheiro do auxílio moradia, já que residia em apartamento funcional não pensou duas vezes “estou solteiro e ando comendo gente”. Quando falou na filha de 9 anos, foi taxativo em falar que teve quatro filhos e na quinta vez deu uma fraquejada e nasceu a menina. Acusem o Presidente de tudo, menos de incoerente com seu discurso e prática nas três décadas de parlamentar. 

Bolsonaro sendo Bolsonaro II

Quando exonerou o ex-Ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi coerente pois todos sabem do seu estilo controlador de gestão e na verdade por mais competente que tenha sido o Mandetta, fez falas irresponsáveis quanto a subordinação que devemos ter em respeito à hierarquia. Bolsonaro evita usar máscaras, não respeita regras mínimas de distanciamento social como aglomerações e faz compras e lanches como se não tivesse acontecendo no mundo, Bolsonaro é Bolsonaro, nunca disse o contrário e sempre foi assim. Foi eleito por mais de 50 milhões de brasileiros e sabemos que a democracia é assim e devemos respeitar as urnas. 

Câmara e Senado

O que também devemos respeitar, mesmo que não concordamos são os eleitos na Câmara Federal e Senado. Foram eleitos tanto quanto Bolsonaro e muitos com o apoio do Presidente. Aécio Neves, Collor de Mello, Renan Calheiros e tantos outros foram eleitos pelo voto e estão com mandato. Temos que votar melhor, analisar o voto e ver o trabalho de quem se candidata. Terminar com a reeleição sem limites nos parlamentos e evitar que famílias inteiras ganhem mandatos e governem com o poder que o voto confere. O sistema é assim e mudar as regras do jogo durante a partida é muito além de antidemocrático, é perigoso. 

Força no Congresso

Presidente Bolsonaro aprovou a mais polêmica das reformas, a da Previdência, e aprovou porque tem força no congresso. Que o Congresso não é fácil, com certeza não é, e digo mais, os privilégios são estarrecedores no que se refere a benefícios para parlamentares e seus familiares. Aposentadorias, auxílio moradia, plano de saúde entre outros, mas quem critica nunca fez absolutamente nada quando esteve lá. No final de tudo isto a verdade é uma só, quem perde é a população que deseja resultados e no final apenas tem assistido todos os dias brigas, disputas e relações familiares que não deixam o Presidente governar de forma isenta. 

Esquerda e direita 

A população não quer saber de direita ou esquerda e sim deseja resultados. Empresários sérios e trabalhadores responsáveis desejam condições dignas de trabalho e incentivo dos Governos e não disputas ideológicas que atrapalhem o desenvolvimento. Lula passou fez coisas positivas e lamentavelmente rasgou todos os compromissos com aqueles que confiaram nele. Lula era de esquerda? Nunca os bancos ganharam tanto quanto no Governo do PT. A Direita é fascista? Tem gente que fala isto e nem sabe o significado da palavra. Temos muitos políticos de direita que são altamente comprometidos com as bandeiras sociais. Meu pai, Francisco Spinelli dizia que “O homem bom será bom se for médico ou pedreiro”. Do resto, devemos conviver com as diferenças, respeitar as opiniões e construir políticas públicas que busquem a harmonia da democracia e resultados das urnas. 

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