Panos pretos
Já excessivamente afinado às armas, ao que parece o governo brasileiro descobriu a pólvora. Sim, a solução para todos os problemas é um pano preto. Prática antiga, usual do autoritarismo e que já conhecemos muito bem. Basta esconder aquilo que não está de acordo com os seus interesses e o problema termina. Desemprego? Ora, se não houver dados a respeito não teremos mais desemprego. Desmatamento? Basta derrubar as imagens de satélite e não haverá árvores derrubadas. Já em relação ao coronavírus, ao invés de pregar e dar bons exemplos sobre a utilização da máscara, a opção foi por mascarar a realidade. E, acobertando as mortes, acabou a pandemia. Simples assim. Fácil, prático, no grito e ponto final. Se a verdade machuca, basta censurar ou oprimir a imprensa e a realidade desaparece. Então, nessa linha, a imprensa foi a culpada pelos 7 x 1 aplicados pela Alemanha no Brasil. Ora, bastaria suspender as transmissões e não teríamos levado uma vergonhosa goleada. Então, em meio à fumaça com cheiro de pólvora, prevalece o pano preto. Para tapar as mazelas ou vestir o luto por aquilo que não nos permitem ver.
Preconceito
É triste, mas o preconceito está implícito. Vem do meio em que vivemos. Há séculos, é uma forte influência que passa quase despercebida nas palavras, nos gestos e na conduta. Acaba identificado onde é mais contundente, como na arquibancada do futebol, na escola, na rua e no trabalho. O preconceito é uma válvula de escape para o ódio que as pessoas carregam.
Preconceito com gênero
Discussão sobre gênero? Tenho preconceito com gênero, sim! Odeio o gênero terror. Nunca assisto, considero estressante, pesado e causa mal-estar. Também tenho restrições ao suspense e não sou chegado em filmes de guerra. Considero o drama muito dramático para a minha sensibilidade. Aceito gêneros como romance e aventura. Curto dar uma espiada na espionagem e mando bala num bom faroeste. Até canto com um musical e sou adepto do cinema arte. Eterna criança, divirto-me muito com as animações. Mas, em matéria de gênero, tenho que sair do armário e gritar: adoro uma comédia!
Namoradas
Como são provocantes as promoções para o Dia dos Namorados. Nos últimos dias recebo mensagens lindas e românticas oferecendo as mais incríveis opções de presentes. São carregadas de amor e chegam por todas as mídias em que estou conectado. Falam em minha namorada, meu amor e numa maravilhosa noite a dois. Dá uma vontade em responder uma por uma informando que estou sozinho, solteiro, avulso, solto e esparramado. E, ainda, com um agravante: o celibato sem votos desta quarentena da pandemia. Mas, é claro, desejo felicidades para todas as namoradas. Próximas ou distantes, são elas que inspiram o meu imaginário. Em tempo: essa nota é selada pelo beijo da solidão.
La Cancha
Um local dedicado aos esportes de areia é a proposta do colega Luciano Silveira em parceria com Léo Nunes. Lucho, para quem não sabe, é graduado em Educação Física e me convidou para uma aparição na abertura formando dupla de futevôlei com o Gerson Lopes. Mas, segundo fontes ligadas à Ambev, soube de outro atrativo do local. Então, já abri mão da dupla de areia por uma Duplo Malte da Brahma no balcão do La Cancha.
Mais um
Houve mais um desenlace na tribo presidencial, pois até a fumaça do cachimbo evaporou. Agora a minha dúvida é saber se depois disso a Terra continua plana?
Trilha sonora
A música portuguesa em três idiomas com as russas Elmira Kalimullina e Pelageya – Canção do Mar