Enquanto aguardamos ansiosamente por uma vacina, também tentamos minimizar os efeitos da COVID-19 e aprendemos a conviver com o novo normal instaurado pela pandemia. Uma crise que não afeta somente a saúde, a política e a economia, mas do mesmo modo as relações sociais que consequentemente influenciam no comportamento humano e nos hábitos de consumo.
O consumidor do novo normal tem, portanto, novas prioridades e exigências que desafiam as marcas a adiantarem uma transformação que no horizonte já era inevitável. A insegurança econômica despertou a necessidade de adotar minimamente um planejamento financeiro, optando pelo melhor custo-benefício possível. No mercado imobiliário essa mudança fica evidente quando o cliente opta por deixar o aluguel de lado e investir na própria moradia. Ou ainda quando o inquilino opta por um imóvel com condições mais acessíveis, mais compatíveis com o seu orçamento, enquanto o proprietário que alugava por conta própria decide contar com um serviço especializado, capaz de garantir a conservação do imóvel, assim como o recebimento em dia por até 30 meses, por exemplo.
A pandemia também expôs a nossa fragilidade física e mental, provocando uma mudança expressiva no estilo de vida de muitas pessoas. Cuidar do bem-estar e da saúde nunca esteve tão em voga. Para isso, não faltam alternativas: novos hábitos alimentares, novas atividades físicas, melhor aproveitamento do tempo livre e, claro, do lugar onde vivemos. Tem quem esteja colocando as reformas em prática e quem esteja mudando para lugares mais espaçosos, que respeitam a individualidade dos moradores e possibilitam momentos de lazer e diversão mesmo quando o distanciamento social é necessário.
Aliás, esse é outro motivo de profundas mudanças no consumo de produtos e serviços. O distanciamento tem feito com que o consumo digital seja predominante em diversas camadas da sociedade, em diferentes setores da economia. Mais do que evitar o contato físico, o digital se sobressai como uma alternativa mais simples frente à rigidez de processos manuais. Para os segmentos mais tradicionais, se adaptar à essa nova realidade talvez esteja sendo o maior desafio.
Como comercializar um imóvel de forma digital? Algumas startups já abriam o caminho. A visita virtual foi incorporada à nossa rotina e consultores e corretores já são os olhos dos clientes que, por sua vez, podem tirar todas as suas dúvidas sem sair de casa. O envio de documentação online e a assinatura digital de contratos somam-se às adequações do novo momento que veio para ficar. Sem precisar enfrentar filas, o cliente resolve tudo com poucos toques na tela do celular. Uma simplicidade que desburocratiza e acelera a compra ou locação de imóveis, ao mesmo tempo que mantém a segurança e validade jurídica das operações, fundamentais para a saúde dos negócios imobiliários.
É importante esclarecer que nessa dinâmica a atuação profissional não está ameaçada. Muito pelo contrário! Enquanto o digital torna mais fluída a relação com os clientes, os profissionais têm a disponibilidade que precisavam para se tornarem especialistas no assunto e assumirem um papel mais estratégico nessa relação.
Então se existe uma chance de virar jogo ao nosso favor, é essa: olhar com cuidado para o que deseja o consumidor do novo normal e adaptar o que for necessário para atender às novas demandas.