Quando a água bate na...
Os ditos populares sempre vêm à tona. Na pandemia, estamos pondo em prática o ditado de que quando a água bate na bunda a gente aprende a nadar. É a necessidade que provoca o despertar da criatividade. Reinventamo-nos. Empresas mudaram seu foco, criaram novos produtos e oferecem serviços inusitados. Surgiram novos filões num mercado estremecido por um inimigo invisível. Estamos colocando em prática aquilo que aprendemos numa situação inusitada. Os efeitos comportamentais também serão enormes. Sim, cá entre nós, não lavávamos as mãos corretamente. Não tínhamos todos os cuidados necessários em relação aos locais suspeitos de contaminação. Os novos hábitos nos acompanharão de agora em diante e, além da peste reinante, também nos protegerão de muitas outras doenças. Higiene é a palavra que sintetiza o resultado positivo desta pandemia.
Sairemos disso bem mais limpinhos e cuidadosos. Gastaremos mais em sabonete e álcool, mas economizaremos em antibióticos e outros medicamentos. A tristeza das despedidas nunca será apagada. Também deixa sequelas fortes no caixa, na fila de desempregados e nas portas cerradas. Mas, pela lei das compensações, surgem novas perspectivas. Tenho uma visão muito otimista em relação ao que vem por aí. Há um novo cenário aguardando pela retomada da máquina. E a energia para movê-la virá de uma força reprimida, tal qual soltar uma mola pressionada. A inércia daquilo que não foi gasto e do que deixamos de fazer no isolamento social, será a energia para uma nova dinâmica. Reinventar, mudar, buscar alternativas, trilhar novos caminhos. Esta é a aventura de viver.
Quem mandou tirar?
Quem mandou tirar a máscara? Seja lá quem tenha sido, é irresponsável. Aliás, criminoso! Relaxar com os cuidados quando a situação está melhorando é absoluta idiotice. É o mesmo que mudar o time quando parece que estamos equilibrando o jogo. E a pandemia, é importante que se diga, ainda não acabou e a contaminação não tem data marcada para o encerramento. Com certeza, por um longo tempo serão necessários muitos cuidados. Afrouxar agora é uma perigosa armadilha, pois ainda estamos às cegas diante do desconhecido. Se hoje sequer sabemos lidar com a nova praga, não sejamos incautos ao ponto de prever como ela estará amanhã. Somos bem mais do que frias curvas delineadas nos gráficos estatísticos. Somos vidas. E, sabemos bem, para preservá-las vá devagar nas curvas.
Dúzia é 12
Os ovos de galinha sempre foram vendidos em dúzias. Assim, encontramos embalagens com 12 ovos (uma dúzia), bandejas com 30 ovos (cinco dúzias) ou caixinhas com seis ovos (meia dúzia). Agora inventaram a dúzia de dez ovos. Sim, novas embalagens trazem dez ovos. Ora, que eu saiba uma dúzia é 12. Ah, mas esses ovos são especiais e vêm até carimbados com a data de fabricação. Fabricação? Então tá! Será que os ovos são carimbados na expedição pela própria máquina que os produz?
Frota passageira
É impressão minha ou, de fato, multiplicou o número de enormes caminhões que diuturnamente cruzam de ponta a ponta a Avenida Brasil? Até parece que sumiram aquelas placas indicativas de proibição nos trevos de acesso a Passo Fundo.
Iracélio
Das prateleiras da vida ao complexo cenário político, o Turcão Iracélio sempre está abarrotado de novidades. Algumas com profunda carga filosófica. Durante a semana, largou essa lá pelo Oásis. “Se a Tia Carmem não se eleger será a maior ingratidão da ‘homanidade’.” Tem lógica, Iracélio. Tem lógica.
Trilha sonora
Uma das mais lindas músicas italianas. O intérprete é grego, radicado no Brasil e que já esteve muitas vezes em Passo Fundo. Querido amigo Patrick Dimon – Tanto Cara