OPINIÃO

Teclando - 14/10/2020

Desrespeito à esquerda e à direita

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Desrespeito à esquerda e à direita

A direita e a esquerda travam grande disputa na Avenida Brasil. Não é um confronto de ideias ou uma luta pelo poder. Trata-se de um vergonhoso concurso de infrações entre os dois lados da Avenida, na quadra da Bento à General Netto. Em frente ao Clube Comercial, há décadas, temos uma parada de ônibus. Asfalto novo e, mesmo com o piso concretado para os ônibus, muitos motoristas insistem em estacionar no local destinado aos coletivos. Domingo à tarde, saboreando um sorvetinho dentro dos carros, a turma se lambuzou em infrações aproveitando a sombra da direita. Em constante revezamento, quatro ou cinco veículos ocupavam o piso de concreto em frente ao Clube Comercial. Alguns, em requintes de desrespeito, optaram por obstruir também a faixa para pedestres.

Já no outro lado, a ensolarada esquerda também foi obstruída. Bem na metade do espaço destinado aos ônibus, dois carros permaneceram estacionados por, aproximadamente, três horas. E, como desobediência gera desobediência, atraíram outros motoristas. Em certos momentos, tinha seis carros na esquerda e cinco na direita. Mas, na média, havia mais na direita, dificultando o veredicto nesse infame concurso. Mas a dor de cabeça foi mesmo a dos motoristas dos coletivos, obrigados a executar mirabolantes manobras para efetivar o embarque e desembarque dos passageiros. Isso, evidentemente, com reflexos no fluxo de veículos na Avenida. E, antes que venham com as habituais desculpas esfarrapadas, é interessante destacar que os locais das paradas estão delimitados por significativas faixas amarelas. Na direita e na esquerda. E, mais. Todos sabem que são áreas de paradas de ônibus. Esqueceram-se? Distração ao ponto de não observar o trecho de concreto? Ora, além das merecidas punições, esses motoristas devem passar por uma reciclagem. Não sobre trânsito. Mas, sim, sobre convivência social.

Novos amigos

As redes sociais, queiramos ou não, têm importância em nossas vidas. E até mexem com o nosso ego. Nos últimos dias venho recebendo muitas solicitações de amizade. Confesso, fico muito envaidecido com isso. Porém, infelizmente, a maioria dos pretensos novos amigos são candidatos em caça de votos. Ou, nesse caso, como utilizam redes, seria uma pesca predatória de eleitores. Mas, muito além dos convites interesseiros, as redes sociais foram transformadas em horário eleitoral. E, nestes casos, não são concessões públicas. É invasão de privacidade. As redes sociais estão aí, mas ainda não têm uma tradição ética consolidada. Assim, nosso comportamental acaba emaranhado pelas conexões da ambiguidade de condutas.

Boka

Devido às exigências de um documento (certidão de nascimento) permaneço em quarentena. Assim, neste meu isolamento social, acabo negligenciando em relação aos amigos. É o caso do pessoal do Boka. Então, peço desculpas à Isabel, David, Beto e Luã pela ausência. Mas, prometo, nas próximas semanas vou fugir de casa e bater o ponto por aí. O Dani já pode anotar o pedido: um Maracanã com ovo e sem alface e, claro, um chope Brahma no copo tubo. Com quatro dedos de colarinho!

Batatas

Estou ansioso pelo meu retorno à Independência. A curiosidade é grande em relação ao Batatas. Segundo o Zé Tendeu, agora são dois banheiros, cozinha ampliada e, ainda, um camarim para os músicos do Menor Palco do Mundo, por ora desativado pela pandemia. Fico pensando como conseguiram fazer tudo isso naquele espaço? Só conferindo. Me aguardem!

Iracélio

Passei rapidinho pelo Oásis e o Iracélio me veio com essa. “Agora só falam em imunidade de rebanho e boi bombeiro. É tudo coisa de gado. Eu sempre digo, o que não falta é chifrudo”. Tem lógica, Iracélio. Tem lógica.

Trilha sonora

Bons tempos aqueles em que havia sonoridade no dial. Sim, no mesmo patamar da Vienna Clarinet Connection - Rhapsody in Blue



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