Dos preconceituosos aos pudibundos
Os anos passam e a sociedade registra enormes oscilações comportamentais. As mudanças vêm junto com alterações no cenário político, nos conduzindo à vanguarda ou ao conservadorismo. As mudanças vão muito além das propostas ideológicas reinantes. Não estão de olho apenas em nossa primordial integridade física ou nas nossas necessidades econômicas e intelectuais. O sexo não escapa dessa montanha russa. Assim, também pelo viés comportamental, o sobe e desce é inevitável. Por quê? Ora, por dedução lógica, porque o sexo ainda é um tabu. Os preconceitos atravessam milênios, apoiados em estruturas erguidas com tijolos assentados por recalcados sexuais.
Então, por que não prevalecem os bem-amados e realizados? Simples, muito simples. É porque quem está de bem com a vida não mete o olho na intimidade alheia. Assim, de tempos em tempos, o preconceito escapa das catacumbas da ignorância para se intrometer em nossas vidas. Surge envolto nos esfarrapados panos dos pudores e empunhando a ridícula bandeira da proibição. Logo conquista corpos mal-amados e, gradativamente, vai apagando mentes desejosas. Então, quando observarmos que estão sufocando a libido em nosso meio, é porque estamos regredindo. E, como bem sabemos, a moral de cuecas é a pior das hipocrisias. A repressão sexual, além de broxante, tem efeitos incalculáveis em nossos corpos e mentes. Abafam os suspiros de agora e criam obstáculos para os desejos de amanhã. Até porque as cuecas e calcinha carregam algo bem mais interessante do que simples maços de dinheiro.
Vai faltar!
Atenção. Vai faltar cerveja em lata para as festas de fim de ano. Isso ocorre, como consequência da pandemia, pela interrupção na cadeia produtiva de alumínio. Mas, fiquem tranquilos, pois não irá faltar cerveja em garrafas retornáveis. Ou seja, a produção de cerveja não foi comprometida. Como eu sempre preferi a cerveja em garrafas retornáveis, a falta das latinhas não me atinge. Aliás, as descartáveis (long neck) tendem a aumentar de preço com a falta das latinhas. Mas isso também não é problema. Então, valem as dicas deste velho biriteiro: a cerveja de garrafa é muito melhor; e, na hora da compra, calcule o preço de acordo com a capacidade em ml de cada embalagem. Com certeza, a cerveja em garrafas retornáveis, litrão ou litrinho, fica em torno de 20 a 30% mais em conta. Então, como nos velhos tempos, guardem as garrafas para a troca e vamos brindar com o inigualável colarinho de uma cerveja de garrafa.
Ar-condicionado
Desde que desembarquei em Passo Fundo, tenho um carinho especial pelo Zaffari da Uruguai. Depois, o Esquilinho também encantou as minhas filhas. No domingo, quando passei por lá, vi uma reforçada tubulação em alumínio depositada no estacionamento. É o indicativo de que nos próximos dias será instalado um sistema de ar-condicionado no velho e bom Mercadão da Uruguai.
Pandemia
Entre curvas e ideias turvas, está a vida. Os gráficos apontam uma queda nos casos de Covid-19 em Passo Fundo. A notícia é excelente, mas não é um convite ao afrouxamento. Se a situação está melhorando, não é o momento para o desleixo. Se acabarmos agora com o isolamento social, estaremos abrindo as portas para um novo período de surto. Isso, claro, por suposição, pois estamos diante de um vírus ainda desconhecido. E, pelo pouco que já conhecemos, não vale a pena correr o risco de afrouxar na chegada. A afobação pode custar muito.
Iracélio
Quem me conhece sabe que estou me segurando para voltar à Independência. Já tenho um roteiro pré-elaborado detalhadamente em duas etapas. Na primeira, um Jack, um Maracanã e alguns chopes da Brahma no Boka. Em seguida, um rolé pelo Batatas, com direito a muita cerveja e conferir a nova decoração, que inclui recortes de O Nacional. E, adivinhem quem está insistindo para me acompanhar? Sim, o próprio. Mas, tenha calma, Iracélio. Ainda é cedo. Quem sabe na próxima semana. Paciência.
Trilha sonora
O grupo tcheco Catarina Clarinete, de Astor Piazzola, Libertango