O velho ditado “para bom entendedor, meias palavras bastam” não se aplica ao momento que estamos vivendo. Difícil! Triste! Revoltante! Esta semana conversei com o diretor administrativo do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, Luciney Bohrer, que também é presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos e Santas Casas do RS, sobre o quadro das instituições na nova onda da pandemia. E ele não usou de meias palavras pra alertar que os hospitais de Passo Fundo poderão encaminhar pacientes para outras regiões do Estado. Sim, estamos na iminência de um colapso diante da pressão dos números. E não é só por falta de leitos, mas por falta de equipes para UTI. Dez meses no atendimento, os profissionais da área, médicos intensivistas, enfermeiros e técnicos chegaram ao seu limite físico e mental. Alguns afastados por estarem doentes e muitos num grau de estafa acima de qualquer padrão aceitável. Os hospitais trabalham com número de equipes abaixo do que seria o normal. Se a contratação fosse solução fácil, já estaria resolvido. Mas com uma demanda crescente por profissionais da área, é claro que as instituições tem imensa dificuldade em recompor essas equipes.
O que pode ser feito
Um pouco de boa vontade, educação e empatia vai fazer uma imensa diferença para aliviar o sistema. Isso passa por usar máscara adequadamente e não como babeiro ou lenço de pescoço. Manter o distanciamento das pessoas. Não precisa chorar no ombro de quem está à frente na fila ou chegar muito perto para conversar. Fique longe. Não precisa cumprimentar dando a mão para outro e muito menos beijar o rosto. Evite aglomeração. Se for visitar alguém, procure ficar em ambiente arejado, distante um do outro, usando sempre a máscara. Lave as mãos quantas vezes forem necessárias. E não acredite em retóricas negacionistas de que a Covid é uma gripezinha ou que o Brasil vive o finalzinho da pandemia, como pregou o presidente desta Nação, em discurso irresponsável, nesta quinta-feira, em Porto Alegre. O País perdeu 800 brasileiros só na quarta-feira para esta doença. São quase 180 mil vidas que se foram neste ano. Passo Fundo já contabiliza quase 200 mortos por Covid. Negacionismo mata!
O presente e o futuro
O prefeito Luciano Azevedo e o prefeito eleito, Pedro Almeida, estiveram reunidos nesta semana, em Porto Alegre, com Beto Albuquerque, maior liderança do PSB no Rio Grande do Sul. Eles avaliaram o cenário e o resultado das eleições de 2020, projetando o futuro. A visita também serviu para um agradecimento a Beto, que, na retaguarda, foi fundamental para a eleição em Passo Fundo. “O município seguirá em boas mãos, um ótimo secretariado está sendo montado para assegurar qualidade na administração e eu e o Luciano seguiremos juntos ajudando Passo Fundo”, disse Beto à colunista. Sobre o futuro, nada definido neste momento, mas um indicativo de união de forças políticas locais para 2022: Saul Spinelli, Luciano Azevedo e Beto Albuquerque para estadual, federal e Senado.
Decisão
Noticiário nacional dá conta de que a bancada do PSB indicou apoio a candidatura de Arthur Lira, PP, à presidência da Câmara dos Deputados. Informação que foi negada pelo deputado federal, líder da bancada, Alessandro Molon. O indicativo ou possibilidade de apoio deve passar pela análise da direção nacional do partido. Reunião está marcada para esta sexta-feira, conforme Beto, que é vice-presidente nacional.
Diplomação
A diplomação dos eleitos das duas Zonas Eleitorais de Passo Fundo (33ª e 128ª) será presencial. Os eleitos dos municípios pequenos serão diplomados no saguão da sede do Cartório. No dia 16, Coxilha e Pontão, às 14h e 15h, respectivamente. No dia 18, Mato Castelhano, às 09h e Ernestina, às 10h. Já os eleitos de Passo Fundo, serão diplomados no dia 18, às 10h, no Plenário da Câmara de Vereadores. Em todos os casos, as juízas Rossana Gelain e Lisiane Sasso determinaram o comparecimento apenas dos eleitos.