A vida entre as incertezas
O momento é assustador. E não há argumentos aceitáveis como paliativos diante da realidade. Não bastasse isso, ainda pairam sobre as nossas cabeças muitas nuvens carregadas de dúvidas. São bem mais assustadoras do que as formações que surgem no horizonte do Boqueirão. A pandemia é um momento em que alinhamos a nossa existência entre o presente e o futuro. Sejamos realistas: os prognósticos são alarmantes. E isso, por favor, não se discute numa época dessas. Vivemos um roteiro de filme de ficção onde somos personagens e não temos a mínima ideia de como e quando será o final. Numa pausa, até dá fôlego para pensarmos nas milenares previsões sobre o fim do mundo. Sob a regência da incerteza, vivenciamos o inusitado e estamos em risco. O mais estranho nisso tudo é a falta de união entre a humanidade, onde todos são, direta ou indiretamente, vítimas desta pandemia.
Eu pensava que uma situação ameaçadora uniria os povos, colocaria lado a lado os pensamentos dos mais lúcidos aos idiotas. Ora, se estamos todos num mesmo barco, deveríamos remar juntos e no mesmo sentido. Enganei-me. O ser humano é comprovadamente ridículo, mesquinho e aproveitador. Da tragédia fazem palanques, da desgraça deboches e da morte desrespeito. É muito importante nunca esquecer que a unidade ou a desunião vêm de cima. E é do alto que os bons exemplos e atitudes são indispensáveis. É inadmissível ver, simultaneamente, a lotação dos hospitais e das baladas. Enquanto alguns se arriscam com máscaras para salvar vidas, outros sequer usam máscaras, andam em bandos e ameaçam muitas vidas. E vidas humanas importam, sim! Ou alguém conhece algo com maior valor?
Atenção, trouxas!
Não repasse tudo aquilo que você recebe pelo WatsApp, até porque não há nenhuma obrigação em repassar mensagens. Tenha cuidado redobrado quando o teor for político ou em tom de acusação. A maioria dessas mensagens vem de uma espécie de laboratório, onde são elaboradas e espalhadas. Há redes de distribuição que, de tão amplas, utilizam incautos usuários como você. Durante a pandemia, fique de olho em mensagens produzidas pelo negacionismo de terraplanistas e outros desajustados. Mas tenha cuidado ainda maior com aquelas que chegam com o carimbo ‘repassem sem dó’. Parece que estão dando uma ordem. Ora, quem está no comando? E por que você deveria obedecer alguma ordem? Você faz parte de alguma hierarquia? Ora, você está sendo usado. Isso tem fortes componentes de uma aparelhagem criminosas repleta de más-intenções politiqueiras. Não seja trouxa. Não deixa lhe usarem desse jeito. Porque, assim como está, logo necessitaremos de tratamento psiquiátrico coletivo.
Marcos Martinelli
Amigo e colega de longa data, Marcos Martinelli já pode entrar nas privilegiadas filas especiais. O aniversário foi no sábado e teve uma enorme festa para mais de 80 convidados. Todos sem máscaras! O encontro, organizado pelas irmãs Marcia, Maristela e Marilise, foi virtual e pegou de surpresa o nosso querido Marquinhos. Com um simples toque, estavam reunidas as turmas de Porto Alegre, Passo Fundo ou de muito longe. Entre ex-colegas de aula, de trabalho, familiares ou políticos, lá estávamos nós da Grande Família Planalto. Experiente jornalista e consagrado marqueteiro, Martinelli ficou com a voz embargada ao ouvir o Parabéns a Você mixado pelo delay. Então, parafraseando o aniversariante, um quebra-costelas!
Iracélio
A fama de Iracélio ultrapassa fronteiras e chega ao outro lado do Rio Uruguai, em Santa Catarina. Leitor de carteirinha não assinada e fã incondicional do Iracélio enviou mensagem de Concórdia. Em amáveis palavras, nos pede para publicarmos uma foto do Iracélio. Ãh, bem... sei lá. Isso envolve muitos fatores. Em análise. Aguardem.
Trilha sonora
No cenário aconchegante do Mercado Público de Florianópolis, música dos anos 1970 de Fernando Mendes que foi resgatada após décadas. Quinteto S.A - Você Não Me Ensinou a Te Esquecer