OPINIÃO

Vacina é bem público

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Estamos na iminência de acessarmos a vacina que combate o Covid -19. Depois de quase um ano de incertezas, dúvidas dolorosas, desatinos de opinião desavisada, bondades e maldades, estamos chegando perto daquilo que mirávamos com força de esperança. A cultura do ódio e da mesquinharia foram pressões exacerbadas contra o supremo apelo na busca da cura. Ainda que não estejamos vivendo clima de exatidão, finalmente surge solenemente aberta a consagração da ciência que foi injustamente alvejada pelos fanáticos de todo gênero. Com o anúncio da vacinação já adotada na prática por mais de 50 países, está mais clara a realidade de dias melhores. A sanidade mental do Planeta foi afetada pelos desvios em delírio negativista e até pelo desespero dos pessimistas. As relações humanas foram atingidas pela falta de compreensão humana. Infelizmente continuam focos perturbadores da descrença num dos maiores esforços da ciência farmacêutica, biológica, médica e da própria logística dos atendimentos de saúde, em recursos humanitários heroicos. A conspiração comprova apenas que as raízes do homem corrupto, fundamentalista, do ódio em si, são profundas. A luta é longa e as desigualdades aparecem mais aviltantes no acesso a bens básicos, remédios da natureza, a água, ar puro, saneamento, comida e o olhar de respeito mínimo na compaixão. É preciso esperar com cautela, mas os sinais esperançosos estão mais nítidos, provando que não foi em vão o sacrifício de muitas vidas de operadores da saúde, muito semelhante ao mistério do Calvário de Cristo. A vacina, declarada bem público pela OMS é foco de redenção dos corpos e da alma. Neste rumo, tudo é essencial. Andamos catando agulhas e seringas, geladeiras, profissionais da saúde e recursos financeiros, por que somos um país ainda pobre. A angústia vai continuar, enfrentando o egoísmo dos que não entendem a urgência da cooperação de todos, mas com manifestações sólidas no potencial de salvação nos dons do homem criador.


Trump com toco da espada

Pensando bem, o presidente Trump, vencido por Biden nas eleições norte-americanas, preserva o espírito de luta no modelo democrático eleitoral do seu país. Ao pressionar com acinte o secretário da Geórgia para encontrar votos nas urnas, vive seu estertor político. Na verdade está pensando em fortalecer o senado republicano, já que perdeu também a Câmara dos Deputados. As complicações legais de Trump podem ser sérias nos próximos meses. Ele sabe que precisará de alguma força em sua defesa. Esgotados os recursos na justiça eleitoral tangencia o crime de impeachment. O tratamento emergencial que recebeu ao contrair o coronavírus, com esforço extremo das forças especiais dos EUA (inclusive a NASA) pode ter acelerado o descontrole mental do presidente. Enquanto desencanta seus fanáticos brasileiros, Donald agita o que não é mais o florete, mas apenas o toco da adaga.


Oligarquias

No sertão brasileiro não chegou o grito da Independência nem a Lei da Abolição. A CNN socorre o jornalismo investigativo com ótimo trabalho sobre a injustiça social que atinge os quilombolas. No Maranhão o movimento negro rural vive uma luta difícil para posseiros de 2.800 comunidades.

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