O acesso ao Aeroclube
Com o fechamento do aeroporto para obras, o Aeroclube de Passo Fundo ganhou ainda mais visibilidade. Aeronaves de grandes empresas locais estão operando a partir de lá, além de inúmeros visitantes da aviação executiva de pequeno e médio porte. Inclusive os aviões-ambulância, como um King Air que levou um paciente para Porto Alegre na semana passada. Agora, imaginem as dificuldades para transportar uma pessoa doente numa ambulância pelo acanhado acesso ao local? E dizer que o asfaltamento daquele trechinho, entre o Aeroclube e a BR-285, é uma jubilada promessa cinquentenária. A estradinha também é utilizada como acesso a Pulador, Bom Recreio, Santa Gema e outras comunidades rurais. É claro que, neste momento, o acesso ao local torna-se ainda mais importante. Mas é bom lembrar que o Aeroclube tem sempre grande importância como escola de formação e aperfeiçoamento de pilotos.
Como as suas três pistas têm excelente localização em relação aos ventos predominantes e está em área de menor altitude, é sempre uma alternativa estratégica. E dizer que alguns políticos até ensaiaram insanas propostas para que aquele aeródromo tivesse outros fins. Deve ser piada. Até porque todos querem viajar de avião e, assim, não podem se esquecer de que os pilotos que os transportarão vieram de um aeroclube. Então, nesse momento em que as pistas do Aeroclube assumem a função de aeroporto de Passo Fundo, inclusive para o abastecimento de aeronaves, vamos olhar com carinho para aquela íngreme estradinha. É um pedacinho de chão que pode salvar vidas, facilitar o acesso ao ensino aeronáutico e respaldar o agronegócio. Deem asas para quem deseja ou necessita voar!
De ponta a ponta
Sem extremismos e sem radicalismos, a sociedade deve manter o diálogo. O debate salutar é necessário na troca de ideias. É inaceitável no mundo hoje que tenhamos radicalismos intolerantes e inflexíveis. É inadmissível vermos extremistas travestidos pela ignorância. São inconcebíveis os gestos, atos e vestes provocativos que ameaçam a liberdade e incitam a beligerância. É intolerável a subversão nas redes sociais, onde os subversivos de hoje são os repressores de ontem. É o fim da picada levarem o radicalismo para a ponta da agulha da vacina. Ninguém é proprietário da verdade. Cada um pensa aquilo que quiser. Ou já não seria mais permitido pensar? Ora, nesse clima denso de hostilidade as amizades definham e a lógica vai para o espaço. Acho que não foi para esse tipo de conduta que aportamos ao planeta Terra.
Dito passo-fundense
Mais nervoso do que gato quando o Boqueirão escurece.
Problemão
O problema não é apenas o “problema”. O problema são aqueles que acreditam no “problema”.
Iracélio
Vacina é a palavra-chave para o Iracélio. “É preferível um maricas vacinado e vivo do que um pseudo-herói em porta-retratos”, alardeia pelo Oásis. Mas nem sempre o diálogo é favorável e, como diante da ignorância não há argumentos, Iracélio também parte para estratégicas saídas tangenciais. Em conversa com alguém de cérebro lavado e enxaguado, ele teve que apelar. “Não insiste, esquece essas bobagens, porque nós do Brizola temos convênio com Deus. E assunto encerrado”. Bela saída, Iracélio. Até parece que já está vacinado.
Trilha sonora
Lançada em 1971 e, portanto, comemorando meio século: America - A Horse With No Name