OPINIÃO

Teclando - 03/02/2021

Uma pandemia de dúvidas

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Uma pandemia de dúvidas

Vamos levando a pandemia do jeito que dá. Há mais de dez meses permaneço em quarentena, com raras escapadinhas fora de casa. No início, ainda com poucas orientações, montamos nossas barracas de campanha em preparação para dias inusitados. Um período incerto, que estimávamos de 30 a 45 dias. O tempo foi passando e as dúvidas aumentando. Agora já temos mais informações, mas as incertezas também cresceram. Não fazemos mais projeções no calendário, aguardamos pela vacina e apostamos na esperança por dias melhores. O anormal está tornando-se um novo normal, onde corremos riscos e a vida tornou-se heroína em um mundo pandêmico. O novo cotidiano permite-nos aprimorar condutas, especialmente aquelas relacionadas aos encargos domésticos. Permanecendo por mais tempo em casa, temos um novo olhar sobre o próprio lar. Porém, pela presença constante, também são maiores as oportunidades para ampliar alguns probleminhas que a gente vai tirando de letra. Limpa, arruma ou troca e temos soluções.

Mas, muito além das materialidades cotidianas, surgem as mais delicadas encrencas que a pandemia deposita em nossas cabeças. Sim, são inevitáveis os transtornos que rondam os pensamentos. Difícil é combatê-los apenas com água sanitária e álcool gel. Água tônica e gim também não é uma solução, mas pode ser uma boa opção para relaxar. A solidão é, sim, um pepino oco que flutua no vácuo dos nossos pensamentos. O mundo virtual ajuda, mas logo acaba tornando-se enjoativo. Além de insatisfatório, pois não conheço ninguém que encontrou a felicidade com uma secretária eletrônica. Então, o que aprendemos nesse período? Será que conseguimos assimilar os mais importantes ensinamentos? É difícil esse enfrentamento à multiplicação das dúvidas. Mas, apesar de tantos questionamentos, estamos mudando e crescemos um pouquinho como seres humanos. E essa é uma certeza.

 Agradecimento

A gente reclama, mas não pode deixar de agradecer. Pessoal do Aeroclube de Passo Fundo, sempre em elevado FL, está agradecendo ao prefeito e secretários pelo bom trabalho realizado. Com empedramento e nivelamento, já estão bem melhores as condições do trechinho entre o Aeroclube e a BR-285. É um acesso necessário para a aviação executiva, que pode salvar vidas permitindo o embarque em aviões-ambulância. Mas o agradecimento não é apenas do pessoal do aeroclube, pois moradores e produtores das comunidades vizinhas também utilizam aquele caminho. Enfim, uma boa notícia que pode ficar ainda melhor com uma camadinha de asfalto na bem localizada pista daquele aeródromo. Quem sabe?

 New Ways

Rádio é uma cachaça. E isso eu sei desde os meus 11 anos de idade, quando já apresentava um programa infantil nas tardes de sábado pela Rádio Erechim. Logo gravei comerciais, participei de alguns programas e, há 45 anos, entrava na escala de locutores. Vieram os altos e baixos. E quando os mais baixos falavam mais alto, fui me desgostando um pouco com as ondas do rádio. Mas essa paixão parece infinita, impulsionada pelos mesmos desejos juvenis de há meio século. Então, aceitei o convite do amigo Tyaraju de Moura e aproveito alguns minutinhos nas segundas-feiras, às 11 horas, para trilhar novos caminhos no rádio. Faço um comentário, no programa Ideias Livres, na Rádio New Ways. É apenas uma pontinha, mas o suficiente para saciar a minha sede pela latinha.

Cusqueña

Dia desses, no Zaffari do Bella Città, encontrei as atrativas garrafinhas da cerveja Cusqueña. Provei e aprovei. Até deixei de lado por uns dias a minha predileta Brahma Duplo Malte. A Cusqueña é uma famosa cerveja peruana, até considerada por alguns como a melhor das Américas. De fato é excelente, com inconfundível sabor de malte. Para os apreciadores está aí a dica. Aqui em Passo Fundo, pelo que sei, que essa maravilhosa cerveja peruana encontramos somente na Comercial Zaffari.

Trilha sonora

Dica do Gerson Lopes, que peguei na corrida. É de Luiz Melodia com a convidada Elza Soares – Fadas


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