Não foi por falta de aviso
Quer queiram ou não queiram, estamos em pandemia. E a pandemia ocorre quando uma doença se espalha. Então, de forma coletiva, devemos coibir essa propagação. Essa é a mais lógica das obviedades. Não podemos antecipar o fim daquilo que ainda não terminou. É natural que haja uma ansiedade pelo fim da pandemia, tanto pela visão coletiva como pelo rumo do próprio umbigo. Infelizmente, o umbigo parece gritar mais alto. Porém, com essa inquietação acabamos atropelando a realidade e multiplicando os problemas. Relaxamos, deixamos a máscara de lado, não lavamos as mãos e circulamos bem mais do que deveríamos. É com essa expectativa que muita gente está forçando a barra. De tanto pensar no retorno à normalidade, acabam agindo como se tudo estivesse normal. Muita gente andou promovendo encontros ou atos presenciais totalmente desnecessários. Ora, isso tudo resulta em mais restrições que atingem a todos. Da saúde ao bolso.
Não foi nenhum governo quem colocou Passo Fundo em bandeira preta. Passo Fundo ingressou na bandeira preta. E não foi por falta de aviso. Com certeza, pesou muito o desleixo e o fato de que por aqui somos muito bonzinhos ao aplicar protocolos laranja em fase vermelha. Pronto. Agora temos o resultado. Aquele cuidado que faltou ontem é o desespero de agora e a incerteza do amanhã. Isso porque por essas bandas somos muito benevolentes. Mas essa bondade excessiva não encontra reciprocidade por parte do vírus. Ele continua implacável e cada vez mais ameaçador. Além disso, ainda ganha carona na desinformação e na desorientação que rola nas redes sociais. Paciência, mesmo que em carro de boi pela estrada velha, a vacina está a caminho. Então, antes de politizar e colocar a culpa nos outros, faça a sua parte. Além de cumprir os protocolos sanitários, pare de falar bobagens.
Abusados
Já está mais do que na hora da retomada na fiscalização na área azul da Avenida Brasil, interrompida devido às obras. Os abusados e os aproveitadores estão se lambuzando. Isso, é claro, trará benefícios para todos, inclusive facilitando o acesso ao comércio. A área azul não é estacionamento privativo. É um sistema para permitir que mais pessoas possam estacionar. Por isso mesmo o estacionamento é rotativo.
Baladas
Nas pandêmicas madrugadas sob a bandeira vermelha, tinha muita gente circulando e bebendo pelas ruas. E deram muito trabalho à fiscalização. Soube também que algumas baladas estavam a mil nas últimas semanas em Passo Fundo. Agora, com bandeira preta, será que terão coragem de continuar bombando? Tem, ainda, a turma de baladeiros que estava na praia, onde, ao que parece, havia uma espécie de libertinagem para as aglomerações. Será que reativarão a baladinha clandestina no centro da Avenida Brasil?
Contingente
Com tantos generais conduzidos ao Executivo, fico preocupado que façam falta em nossas fileiras. Antes tínhamos excedente de generais ou agora haverá escassez? Das duas, uma.
Cardeais PAFF
Há 40 ou 50 anos, os carnavais agitavam Passo Fundo. O grupo Os Cardeais PAFF tinha presença garantida no Clube Comercial. A turma foi formada por jovens estudantes e consolidou-se pela grande amizade. Um grupo animado que, pelo número expressivo de integrantes, era quem abria as folias do clube. Remanescentes dos velhos Cardeais batem ponto na Mesa Um do Oásis. Um deles é o Aldo Battisti que, preocupado com a preservação da história, guardou um precioso material. O acervo foi entregue ao Instituto Histórico de Passo Fundo que montou uma exposição. Vale a pena conferir no Espaço Nicoleit & Oro, junto ao saguão do 1º Tabelionato de Notas, até o próximo dia 05 de março.
Trilha sonora
Voltando a 1974. America – Tin Man