Era o início de 1969 quando uma nova rádio ingressava no cenário das comunicações de Passo Fundo e região. O espaço sonoro materializado em canal radiofônico chamou-se Rádio Planalto. O estágio experimental da emissora católica demandou meticulosa elaboração técnica e humana, com seleção de profissionais e os devidos ajustes de uma ideia iniciante. E no dia 05 de abril deste mesmo ano foi inaugurada a nova emissora. O bispo diocesano, Dom Cláudio Colling viu concretizada a existência da emissora. O diretor Paulo Augusto Farina comandou a equipe e proferiu as primeiras palavras no microfone. Deus, foi a primeira verbalização oficial. Depois o também saudoso Duarsan Bitencourt De Ávila anunciou a lista dos primeiros locutores. O verbo mensageiro estava instalado. Imediatamente foi seguida a programação musical, informativa, noticiosa e de opinião por ondas magnéticas de respeitável alcance. Aos poucos foram moldados os espaços de comunicação para atender a expectativa de qualidade. E os modernos recursos foram evoluindo para a presença espetacular da nova rádio. Nós, que formávamos a primeira equipe de comunicadores percebemos o quanto era importante a presença da Planalto nos lares e em todos os recantos da região. Havia, entre os comunicadores, constante preocupação com o conhecimento. Cursávamos faculdade. A seleção musical num período fértil no mundo e no Brasil marcou identidade. Atraído pela importância da notícia assumi a função de repórter. O país vinha pressionado nas comunicações pela censura do governo ditatorial. Seguidamente éramos advertidos pela censura sobre determinados assuntos considerados proibidos, ou sobre a veiculação de músicas que abordavam ideias de liberdade através da arte. Mas a equipe ia em frente, entre cautelas e avanços, com habilidade de resistência. Foi período difícil, nos primeiros anos, mas de grandes realizações na seara do pensamento. E hoje passados 52 anos da emissora resta-nos reconhecer o trabalho de todos, de cada profissional e dirigente, por uma existência que não se omitiu na história. Parabéns à instituição e trabalhadores da Rádio Planalto.
Lei do Stalking
A criminalização da perseguição, prevista na recente lei de Stalking, de alguma forma já vem abordada no Código Penal e em leis especiais, como Maria da Penha, Estatuto da Criança e Adolescente. O stalk, verbo que em inglês quer dizer perseguir, salientou-se muito com o advento e uso da internet. A melhor definição de alguns atos pusilânimes perpetrados contra pessoas poderá fortalecer as condições do relacionamento pessoal. Procurando defeito alheio para atingir a autoestima de outrem, invadindo lugares e a vida pessoal, essas agressões precisam ser afastadas. Evidentemente as mulheres e idosos são os segmentos mais atingidos. A inveja e maldade escondem males modernos, do relacionamento, com mais casos de distúrbio de caráter do que normalmente se imagina.
Vírus é ateu
O papel das religiões tem sido dramaticamente preponderante na busca de esperança na pandemia. A opção é adiar a morte. Os encontros em cultos ou missas, podem significar aglomeração. A maior ou menor probabilidade de contágio sempre será possibilidade. O vírus não conhece religião ou crença, ele simplesmente invade a vida. Neste sentido parece cedo demais liberar os cultos. Afinal, rezar, meditar, não depende prioritariamente de um local fechado. Na família pratica-se a prece. Já foi constatado aglomeração em cultos com pessoas sem máscara aproximando-se na saída.
Saneamento
Passo Fundo tem recebido atenção de seus gestores a um setor prioritário que é o saneamento básico. Temos boa água potável graças aos mananciais que brotam das nascentes. Cuidar das águas correntes nos cursos dos riachos, no entanto, é premente. A administração municipal deve pensar com maior prioridade ainda a questão do nosso rio e riachos afluentes, diante do crescimento da população. A pandemia que nos atinge violentamente determina maior empenho nas políticas de saneamento. As condições de habitação influenciam diretamente no ânimo, na produtividade e saúde do povo.