O engajamento coletivo
A prevenção é vital para a saúde. Prevenir é reforçar trincheiras. A prevenção, através das vacinas, é a arma que nos permite longevos caminhos. A vacina é uma defesa antecipada e, portanto, uma reconhecida forma de tratamento precoce que protege a humanidade. Agora, na pandemia, é a vacina dos sonhos, vacina da esperança. Mesmo assim, nuvens carregadas de negatividade contestaram a vacinação. A turma que acredita apenas numa gripezinha tem medo de receber a vacina e se transformar em jacaré. Pois bem, então sou quase um anfíbio. Já recebi a primeira dose da vacina desenvolvida na China. Já que quase tudo que compramos é produzido na China, então qual é o problema em relação à origem? Esperei muito pela chegada da vacina, que enfrentou caminhos obstaculizados pelo negacionismo e irresponsabilidade.
Porém, além da auspiciosa picada, também encontrei a esperança ao presenciar o engajamento coletivo. É exatamente o comportamento que necessitamos para enfrentar uma pandemia. Já próximo ao local de vacinação, o CTG Lalau Miranda, havia um sentimento de cidadania. Pessoal da Brigada, Exército e Guarda Municipal na chegada. Profissionais da saúde e funcionários públicos na área interna. Destaque para a participação voluntária do pessoal da Prefeitura. E tudo funcionou perfeitamente. Foi jogo rápido, da fila à entrada, do preenchimento da ficha à agulhada. Aplausos para o SUS e manga arregaçada para a segunda dose. Graças à força desse envolvimento coletivo, logo serei um jacaré feliz.
Ignomínia contaminação
No início do ano passado, ouvíamos falar sobre o novo coronavírus. Era algo muito distante e, como desgraça alheia pouco comove, sequer dávamos a mínima para a maior desgraça contemporânea. Não foram necessárias muitas voltas sobre o eixo do planeta e a pandemia chegou. Sem rodeios, deixa marcas que não têm volta e provoca reviravoltas. Pelo que observo, a pandemia carrega forte acessoriedade. O principal é um vírus que, direta ou indiretamente, atrai desgraças acessórias. Atrás das mortes chegam consequências afetivas, espirituais e materiais. Mas a cavalgada epidêmica torna-se um atrativo às mais vergonhosas atitudes. É a ignomínia que aproveita a garupa para os mais obscuros propósitos. Nesse galope da degradação, estão montados interesseiros de todas as estirpes. E, assim, o vírus segue seu trote arrastando como acessórios os políticos oportunistas e tantos outros ignorantes.
Irajá
Os caminhos da bola também contam muito sobre a nossa história. Mas para isso é necessário um bom e bem cuidado acervo. Então, vale a pena conferir a exposição sobre o Irajá, clube que iniciou com o basquete na década de 1950, para fazer sucesso nas quadras de futebol de salão. Teve entre os fundadores Aldo Battisti, Euro e Ênio “Chó” Gava. O material foi coletado pelo cuidadoso Aldo, que inclusive resgatou parte do acervo na antiga residência do patrono do Irajá, o Professor Tocchetto. O material foi destinado ao Instituto Histórico de Passo Fundo que, esta semana, colocou em mostra no Espaço Nicoleit & Oro, no 1º Tabelionato de Notas. Além de fotos do Irajá, tem dos times adversários dos anos 1960 como Los Terribles, Cometa, Capinguí, Guaraé, Sulbanco, AABB e muito mais. Vale conferir. Acesso gratuito.
Trilha sonora
Parece que foi ontem, mas é de 1990. O refrão nasceu em festa da W/Brasil, agência de Washington Olivetto. Mais atual do que nunca, tem até jacarezinho. Jorge Benjor – W/Brasil