No final de semana dei uma chegada no Parque da Gare e fiz questão em cumprimentar o prefeito Pedro Almeida que acompanhava a campanha de arrecadação de alimentos. A atenta presença de nossa liderança é importante em todas as horas. A seriedade do prefeito que completa 100 dias de mandato, com dedicação e solicitude em meio à crise é importante para o passo-fundense. Mesmo com as dificuldades comuns à administração pública é positiva a informação de que o combate à pandemia é tomado com responsabilidade. Obras e serviços do município têm andamento com entusiasmo e competência. Os prenúncios de governo inteligente, dinâmico e eficiente trazem esperanças de superarmos tantas dificuldades da comunidade local e que afetam todo o planeta. Pedro é agregador, como se esperava do jovem político. Observamos também especial atenção ao interior, fonte genuína de nossa produção na economia.
Transporte e saneamento
Quando participei da administração pública em anos anteriores insisti na questão do saneamento da cidade. O tema nos parece recorrente pela transcendental importância das condições sanitárias de habitação que ainda mantêm mazelas desafiadoras. Ao mencionar preocupação perante o então prefeito Airton Dipp manifestamos a importância da questão. Uma liderança presente observou sobre o investimento que a relevância não seria tão urgente e que, afinal, a causa também não dá voto. Insisti na ideia e vi o prefeito da época acolher a inquietação. Reitero que a preocupação ambiental precípua do saneamento é dever permanente das gestões. Melhorar os terrenos nas periferias é tarefa de todos que eleva a autoestima das pessoas. Além disso, uma propriedade limpa é lugar saudável para crianças e adultos. O serviço de coleta de esgote, que ainda falta para metade da população é base para a vida. Águas contaminadas e mal escoadas trazem doenças, e deprimem o ambiente. Por isso, o investimento junto à Corsan e programas desenvolvidos diretamente com a comunidade em associações de moradores é programa de saúde pública. Nosso município está em situação melhor que muitas comunidades, mas a consciência que norteia políticas públicas pode e deve acelerar melhorias.
A pandemia mostrou a crueldade nas suas consequências, tanto que é desnecessário explicar o tamanho da dor e prejuízo que estamos vivendo. Evidentemente que o transporte público urbano sofre necessária mudança. O coletivo é aglomeração, que já vinha preocupando em relação a doenças de fácil contágio. Sob todos os aspectos o transporte coletivo urbano exige mudanças significativas, que desafiam a investimentos e nova engenharia de transporte atrelada à preservação da saúde pública. Além dos hábitos individuais dos usuários, as novas condições pedem urgência. Está aí o indicativo para soluções ágeis e certamente uma versão orçamentária revolucionária.
Vacina
Depois de bravatas negacionistas que profanaram o preceito constitucional de orientação social, parece que o presidente amenizou a doida campanha contra prevenção e combate à pandemia. Ainda é de lamentar que o cessar da hostilidade contra a vida seja por compaixão oficial. E foram muitas as forças sociais e de responsabilidade médica que levantaram voz apelando à razoabilidade da sensatez. O negacionismo parece que foi vencido.
Pressão da CPI
A mais recente barreira ao cinismo presidencial no enfrentamento da covid é a nova composição do Senado. Foi lenta a reação parlamentar contra a inércia do governo no combate à pandemia, prioridade em todo o planeta. Mas está prestes a acontecer. A instalação da CPI da Covid é reação legal e humanitária contra atitudes de descalabro que partiram de quem deveria zelar pelo bem da saúde pública. Assim, independentemente das conclusões a que chegarem os parlamentares da República, hoje é a pressão oficial e democrática para ativar ações do governo federal em defesa da saúde pública. Até a definição na compra de vacinas começa a se mostrar como resposta. Com medo de sofrer impedimento o presidente baixou a bola e se vê compelido a cumprir o dever do estado.