OPINIÃO

Teclando - 12/05/2021

A grande ameaça às relações interpessoais

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A grande ameaça às relações interpessoais

Sempre tive uma grande preocupação em relação ao pensamento coletivo. Para viver em sociedade a racionalidade é indispensável. Sempre tivemos modismos, o oba-oba que carrega as pessoas. Mais do que tendências comportamentais, são modas impostas. Do merchandising às mensagens subliminares, mudamos o corte dos cabelos, a roupa e muito mais. A indústria da moda sabe como usar a mídia para vender as suas novidades. Hoje, vejo isso como um comportamento inocente. Não há tanta maldade em induzir moda para vender roupas ou refrigerantes. Agora, porém, parece que essa conduta desvairada é bem mais perigosa e até virou doença. Hoje convivemos com as redes sociais impondo algo bem pior do que um singelo modismo. Temos ódio pulverizado por todos os lados. E não é pouca coisa. É algo muito perigoso. Pelo volume, esse ódio deve ter uma origem distribuidora. Tudo é ensaiado, planejado e executado sistematicamente.

Nas redes sociais há tanta mentira que a maioria das pessoas acredita piamente no falso e até desdenha do verdadeiro. A lavagem cerebral foi grande e começou há alguns anos. Uma ação que iniciou semeando o ódio. O ódio brotou, cresce e vai tomando conta do país. Invade a lógica, acaba com o discernimento e implanta a idiotice da unanimidade. A argumentação evapora e acabam os debates. Sem debates não há troca de ideias. Sem troca de ideias não exercemos o livre arbítrio. Assim, acaba o contraditório. E sem contraditório não temos mais pessoas. Temos seguidores acéfalos que falam e agem como robôs. Isso prejudica até mesmo a convivência diária, pois os doutrinados não enxergam mais nada. Essa conduta coloca em risco as relações interpessoais, ameaçando a necessária convivência social entre os seres racionais. É uma grande ameaça coletiva. Não bastasse a pandemia, ainda temos que suportar a proliferação da idiotice.

Quibe

Sempre apreciei a culinária árabe. Aprendi como fazer um quibe há exatos 33 anos. Depois deixei de lado e há muito que não faço mais. Na semana passada, tive a oportunidade de saborear um quibe maravilhoso. Detalhe: elaborado por quem me ensinou. Sim, o amigo e colega Jorge Antônio Gerhardt mantém uma produção artesanal do melhor quibe de Passo Fundo. O resultado é que o Totonho está sempre com a agenda de encomendas lotada. Aqui no Jornal já somos vários clientes cativos. O preparo é a moda antiga, onde o capricho é o segredo da receita. E o Jorge sabe muito bem disso.

Mirabolantes bicicletas

O que não falta por aí são bicicletas. Temos a turma das longas pedaladas, geralmente bem preparados e com equipamentos de segurança. Bicicletas para o trabalho ou para lazer. Mas também tem gente abusada. Nunca entendi muito bem a presença de bicicletas no passeio público, praças e canteiros. O pior é que tem uma turma que faz verdadeiras loucuras. E não é molecagem de criança. Bicicleteiros bem crescidinhos fazem mirabolantes manobras pela cidade. Sobem e descem dos canteiros e calçadas em velocidade ameaçadora. Será que é permitido circular de bicicleta sobre o passeio público? Mesmo em alta velocidade e colocando em risco as pessoas? Isso pode terminar em tragédia!

Nigéria

Pois não é que a Nigéria, país conhecido pela sua taxa de pobreza extrema, proibiu a entrada de viajantes do Brasil. Certamente, os nigerianos não têm a mínima ideia sobre o nosso estoque de cloroquina.

Não adianta

Os mesmos carros permanecem praticamente nos mesmos locais em plena Área Azul. Temos estacionamento rotativo com vagas fixas na Avenida Brasil entre a Bento e o Clube Comercial? Até quando?

Trilha sonora

Bizimkiler - Another Brick in the Wall


Gostou? Compartilhe