Entre polêmicas e desesperos
É mais do que óbvio, a pandemia é o assunto do momento. E, também obviamente, não poderia ser diferente. É um tema que se desdobra no andar da carruagem da contaminação. A peste causa mortes e cobre o planeta com uma imensa nuvem de tristeza. Na vida contemporânea, é uma condição desconhecida. É claro que, diante do inusitado, a escassez de conhecimentos propicia dúvidas. E as dúvidas geram polêmicas. Então, as aves de rapina alimentadas por escusos interesses conseguiram politizar essas polêmicas. A polêmica, enquanto discussão embasada e balizada pela lógica, sempre será salutar. Porém, quando esborrifada ao léu e sem a mínima coerência, transforma-se em mais uma ameaça. Assim como o vírus, a mentira também tem fulminante propagação.
Este é o ambiente em que nos encontramos. Convivemos com uma peste em meio à maldade humana. É claro que todos nós desejamos abreviar a pandemia. Mas é um risco muito grande pular etapas e desrespeitar cuidados. Segunda-feira, li no Instagram o depoimento desesperado de uma médica. Em apenas um turno de seis horas, ela atendeu cinco pacientes com Covid-19 em estado grave que foram encaminhados aos hospitais (lotados). Tudo isso em uma única unidade de saúde. Sim. Aqui em Passo Fundo. Ora, polemizar a realidade não ajudará em nada. Proteja-se e também proteja os outros. Não troque a máscara da proteção pelo pano da morte.
Branco Ughini
O amigo Branco Ughini teve a gentileza de entregar-me pessoalmente o livro “Origem, Trabalho e Esporte”. É um maravilhoso resgate, mostrando a origem da família Ughini e seu legado no Rio Grande do Sul. Nas imagens de seus familiares reencontrei queridos amigos, alguns não mais entre nós. Assim, da Colônia Lângaro à conceituada marca Bravine, a linha do tempo é recheada por muito trabalho. Na última parte do livro pulsa um coração alviverde. É um capítulo especial e foi dedicado ao esporte, justificando o distintivo do S.C. Gaúcho estampado na capa. Há muitas décadas, Branco permanece zagueiro titular nas seleções de todos os tempos do futebol passo-fundense. Um pedaço dessa história vamos mostrar nas páginas de esporte. Mas, cá entre nós, o elegante zagueiro merece uma biografia completa! Obrigado, Branco. Forte abraço.
É pela boca
Desde piá, sempre me aventurei na cozinha. Quase ninguém falava sobre culinária, que logo virou gastronomia e depois foi temperada como gourmet. Agora é moda e todo mundo lambuza as mãos para preparar algo diferente. Esses dias surgiu a Tu Le Fais, que entrega os ingredientes prontos para preparar em casa. Agora a novidade é a Chef Gourmet, escola para profissionais e amadores. Deve ser muito boa, pois até o meu amigo Ivo Sousa, o Oliveira Júnior dos velhos e bons tempos da Planalto, virou chef. O cara, que não sabia fritar um ovo, venceu um concurso preparando hackepeter! Se a Céia Giongo não estivesse no júri eu nem acreditaria.
Escorados?
Hospitais lotados, contaminação elevada e ainda aumenta o desprezo pela situação. Baladinha clandestina bombando aos finais de semana no centro da cidade. E na maior tranquilidade. Ousadia ou estariam “escorados”?
Ainda
Até pode parecer piada, mas, infelizmente, não é. Acreditem. Prossegue a libertinagem na Área Azul em trecho da Avenida Brasil. O estacionamento rotativo já estaria institucionalizado como privativo para alguns. Os mesmos carros sempre nos mesmos lugares. Ficam horas nessas vagas e sequer são “importunados” pela fiscalização. Por que tamanha tranquilidade?
Trilha Sonora
Bateu saudades de ouvir esses australianos. Bee Gees - Too Much Heaven